Por Luciana Marques.
O nosso nobre empresário de hoje é o “cabra arretado” e empreendedor por excelência, Cenildo Amorim. Nascido e criado em Buenos Aires – interior do deslumbrante nordeste, brasileiro. Quando migrou para cidade grande, experienciou as delícias e as dores do mercado tradicional, no que tange aos mais gabaritados restaurantes da zona sul de Pernambuco, onde iniciou como auxiliar de Barman, passando por inúmeros cargos de importância como maitre e finalmente, gerente operacional.
Cenil, como os amigos mais íntimos o chamam, chegou a ser disputado pelos donos de dois restaurantes badalados no Nordeste. Entretanto, seu coração empreendedor já batia mais forte há algum tempo, quando resolveu iniciar a panquecaria Coisa Nova, junto a sua família. Um restaurante de panquecas, para lá de saborosas e super elaboradas, que vem dando o que falar bem, na região. E já suscitou dúvidas, mas também a admiração de alguns consultores de marketing por ser, por si só, um empreendimento extremamente pioneiro em seu raio de alcance, em toda região. Agora, chegou a hora do empresário, Cenildo Amorim, nos contar quais foram os ingredientes secretos que o levaram ao sucesso!
Jornal DR1: Cenildo, por que uma panquecaria?
Cenildo Amorim: O desejo de empreender já se fazia presente desde muito tempo. A panquecaria foi criando forma através dos anos que passei trabalhando em restaurantes especializados nesse segmento. E através dos anos aprendi não só a fazer, como também saber o que estava fazendo, ou seja, eu conhecia em detalhes a composição, o manuseio, e a execução do produto. E em uma conversa em família, resolvemos pôr em prática o que estava armazenado na mente. Foi aí que surgiu a panquecaria COISA NOVA.
Jornal DR1: Quais ainda são os desafios encontrados, estando a frente de um empreendimento tão atípico?
Cenildo Amorim: O desafio maior foi inserir no mercado, um produto que fugia totalmente da cultura de consumo daquela localidade. Muitas vezes tivemos que ser estratégicos para quebrar certas resistências.
Jornal DR1: A responsabilidade aumenta ou diminui, quando se trata de um negócio sem concorrência, na região?
Cenildo Amorim: Trabalhar sem concorrência na lógica é muito bom, por outro lado, aumenta a nossa responsabilidade de manter sempre um alto padrão do produto, e está sempre atento à evolução do mercado, e ao surgimento de possíveis novos produtos que possam oferecer concorrência no seu raio de alcance.
Jornal DR1: Quais foram os aprendizados mais valiosos que você levou do mercado convencional para o seu negócio?
Cenildo Amorim: Os aprendizados mais valiosos e exigidos por onde passei foram, o compromisso, a dedicação, e a excelência no que faz.
Jornal DR1: Se você pudesse voltar ao tempo mudaria alguma decisão tomada em sua jornada? Qual seria?
Cenildo Amorim: Sim, mudaria! Principalmente aquelas decisões tomadas por precipitação, e aquelas que não tomei por insegurança. Como por exemplo, a grande oportunidade de aparecer em um canal de televisão, e não aceitei, e uma proposta de sociedade para levar o produto para uma área nobre que também não dei importância. Atualmente, certamente minha decisão seria diferente.
Jornal DR1: Quais são os ingredientes secretos que o levaram ao sucesso?
Cenildo Amorim: O sucesso passa pelo viés da realização pessoal. A confiança no produto, e a excelência no seu executar colocando em primeiro plano a satisfação geral do cliente, foram os ingredientes que nos tornaram referência na área de atuação.
Jornal DR1: Qual é a sua dica de ouro para os empreendedores que estão iniciando um empreendimento no ramo alimentício?
Cenildo Amorim: Conhecer seu produto e suas etapas de execução é de extrema importância. Ter intimidade com o produto é um ponto crucial, para o início de um negócio nesse ramo. Depois disso, muito trabalho, dedicação e perseverança.