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Trump ameaça ‘tarifas severas’ de 100% à Rússia caso não haja cessar-fogo na Ucrânia em até 50 dias

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Em uma reviravolta estratégica e política, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (14) medidas duras contra a Rússia, caso o país não aceite um cessar-fogo imediato na Ucrânia. Em um encontro com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, na Casa Branca, Trump afirmou que os Estados Unidos aplicarão tarifas comerciais de até 100% sobre produtos russos caso Vladimir Putin não sinalize o fim do conflito dentro de 50 dias.

A ameaça marca um novo capítulo na postura internacional de Trump, que, durante seu primeiro mandato, foi frequentemente acusado de manter uma relação ambígua com o Kremlin. Agora, de volta à Casa Branca, ele demonstra uma mudança drástica ao selar o retorno da aliança com a Ucrânia, o que pode redesenhar o tabuleiro geopolítico europeu e elevar tensões diplomáticas com Moscou.

Além da ameaça tarifária, Trump também confirmou o envio do sistema de defesa antimísseis Patriot para a Ucrânia — um dos armamentos mais avançados e estratégicos dos EUA. O gesto é visto por especialistas como um recado direto ao presidente russo Vladimir Putin, que considera o Patriot uma provocação e um aumento do envolvimento ocidental no conflito.

“Se não houver cessar-fogo em até 50 dias, a Rússia sentirá o peso total da pressão econômica americana”, declarou Trump, cercado por autoridades do alto escalão de segurança nacional e membros da OTAN.

Mudança de tom

A nova abordagem representa uma mudança de tom em relação à sua campanha eleitoral de 2020, quando Trump criticou a ajuda militar à Ucrânia e minimizou o papel dos EUA na guerra. Agora, em um cenário global mais volátil e com as eleições presidenciais americanas se aproximando, o presidente parece buscar consolidar sua liderança internacional com uma posição mais dura e alinhada à OTAN.

Impacto global

A reação internacional ao anúncio foi imediata. Líderes europeus elogiaram a retomada do compromisso americano com a segurança no Leste Europeu, enquanto o Kremlin classificou as declarações de Trump como uma “intromissão inaceitável” e alertou para “consequências severas” caso os Patriots sejam posicionados em território ucraniano.

O mercado financeiro também reagiu: commodities russas caíram, enquanto ações de empresas do setor bélico nos EUA subiram após o anúncio.

Com um prazo estipulado e uma retórica agressiva, Trump recoloca os EUA no centro da diplomacia de guerra, elevando a tensão entre Washington e Moscou e reposicionando a Casa Branca como protagonista decisiva nos rumos do conflito entre Rússia e Ucrânia.

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