A vida sobre a Terra não seria possível sem a presença deste bem que é a água, fundamental para que nós e outros organismos se mantenham vivos, primordial para que haja o desenvolvimento das cidades, para várias atividades produtivas e, também, no atendimento às necessidades básica de uma população.
Mais da metade do nosso planeta é composta de água, o que nos trás uma falsa ideia de que se trata de um recurso abundante e ilimitado. Levando-se em conta que boa parte deste recurso não está disponível para consumo (oceanos e geleiras) e encontra-se desigualmente distribuído, associado às demandas de uso para diferentes finalidades e aos problemas da qualidade da água, esse recurso natural é cada vez mais escasso.
Os mananciais, rios, lagos, nascentes e aquíferos são fontes de água utilizadas e de extrema importância para a sociedade. Possibilitam o abastecimento para as cidades, áreas rurais e áreas produtivas. Para continuarem nos servindo, precisam, para isso, de cuidados bem especiais.
As secas e a estiagem que temos constatado em algumas cidades de nossa região e do país vêm reforçar a necessidade e urgência de preservarmos o nosso ambiente. Utilizando recursos que vão desde o ordenamento do uso e ocupação da terra, a proteção de áreas naturais, o manejo conservacionista do solo e a adoção de práticas agropecuárias sustentáveis para a provisão da água em quantidade e qualidade para as atuais e futuras gerações, bem como o trabalho constante e permanente de educação ambiental.
O Programa Replantando Vida, da Cedae, une preservação ambiental e ressocialização de apenados do sistema prisional fluminense. As atividades ambientais pelos apenados do programa envolvem, entre outros, a coleta de sementes florestais, produção de mudas, atividades de restauração e de educação ambiental nas escolas.
Em todos os viveiros as mudas são produzidas com substrato e lodo dos esgotos, que é o resíduo gerado nas estações de tratamento da empresa e que são utilizados para essa finalidade. Atualmente, são produzidas, nos seis viveiros estruturados, aproximadamente 1,8 milhão de mudas − distribuídas entre as espécies típicas da Mata Atlântica e as espécies consideradas clímax, como pau-brasil, jequitibá, jacarandá e cedro.
As mudas, além de atender os plantios da própria empresa na recuperação e proteção dos mananciais, elas são também disponibilizadas para parceiros em projetos de reflorestamento e proteção de nascentes, riachos e matas ciliares em todo o estado, desde o noroeste Italva até os municípios do sul do estado, como Volta Redonda, Valença, Pinheiral, Pirai, Vassouras, Paty do Alferes e Miguel Pereira.
O Programa Replantando Vida aumenta os esforços na recuperação das matas ciliares, das nascentes, riachos e as demais áreas prioritárias para garantir a melhoria da qualidade e da quantidade de águas nas bacias hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro.
O Diário do Rio agradece à Cedae pelo material cedido e pelas informações.
Vitor Chimento, biólogo e jornalista
MTb 38582RJ