Jornal DR1

Um show absurdamente belo e envolvente

Por Claudio Camillo

Em 10 de dezembro desse ano assisti a um show imperdível: ‘Quadra de Damas’, com Fhernanda Fernandes, Indiana Nomma, Rosa Maria Colin e Leny Andrade. Quatro cantoras com um perfil digno dos mais famosos redutos do jazz. Essas mulheres maravilhosas, num show absurdamente belo e envolvente, trouxeram Montreaux para o Teatro Rival. Trouxeram consigo todas as divas, toda a referência latente em suas almas… Alberta Hunter, Ella Fitzgerald, Billie Holiday, acompanhadasp or Gene Krupa, Count Basie, Thelonious Monk, Joe Pass…

Era a boa música rolando, embalada por uma banda impecável e seus músicos maravilhosos com seus arranjos bem cuidados, tempo cravado, nenhuma nota fora. Com arranjos e direção musical de Felipe Poli (violão e guitarra), e com Alexandre Cavallo (baixo), Alexandre Prado (piano), Helbe Machado (bateria), e participação especial de Gilson Peranzzetta ao piano, a química foi absurda, meio que uma jam session das grandes entre os grandes. Quem viu, viu…

Nos olhos das pessoas, uma vontade de música boa, plenamente saciada pelas quatro divas. Isso me faz crer que um outro mundo musical é possível, música de qualidade cantada e tocada com alma, coração…

O show foi um espetáculo em toda a extensão da palavra. Idealizado pela cantora compositora Fhernanda Fernandes e produzido por Alessandro Monteiro, ‘Quadra de Damas’ é um exemplo a ser seguido. Show muito bem cuidado, com direção impecável, detalhes de conversas entre as musas que nos levavam para dentro da viagem… Leny espirituosa como sempre e muito à vontade. Era como se estivessem juntas há muito tempo. Uma noite imperdível!

Quatro cantoras de peso internacional em um espaço tradicional numa terça-feira chuvosa de dezembro… Grata surpresa! Adorei tudo! É impressionante quando se juntam profissionais de som, luz, direção, produção e interagem, tirando o que há de melhor de espaço, equipamento, e nos encantam com o melhor e quase impossível de tudo. Show imperdível, repito.

A química com o público foi imediata. Ao mesmo tempo surpresos e gratos pela beleza de tudo. Via-se nos olhos, sorrisos, gritos, caras e bocas, o quanto estavam envolvidos. Era como estar a bordo de uma nave além de espaço e tempo.

O mais que apoio do jornal Diário do Rio foi imprescindível para que tudo acontecesse. Bela iniciativa, que resgata talentos esquecidos pela atual mídia. A distribuição do Diário do Rio entre comentários animados do público recém saídos da viagem e ainda querendo mais, sinal de que o jornal acertou em cheio na nova proposta do seu projeto musical.

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