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Uma voz na prevenção ao câncer de mama e na violência contra a mulher 

Atriz é reconhecida por engajamento nas causas sociais

Patrícia Pillar é atriz, apresentadora de televisão, diretora e produtora brasileira.  Um nome conhecido na teledramaturgia e no cinema. Mas a artista também é reconhecida por seu engajamento em causas sociais e na prevenção ao câncer de mama, que neste Outubro Rosa, ganha maior repercussão.

Brasiliense, Patricia mudou-se para o Rio de Janeiro aos catorze anos de idade e iniciou sua carreira em 1983 no cinema em Para Viver um Grande Amor, interpretando Marina. Seu destaque na televisão veio em 1996, quando deu sua vida a Luana em O Rei do Gado, uma ativista de um grupo sem-terra que acaba se apaixonando pelo homem no qual ela invadiu sua propriedade; personagem que lhe rendeu o Prêmio Contigo! de TV, na categoria de Melhor Atriz. No cinema, seu primeiro trabalho em destaque foi em 1992 com o filme A Maldição do Sanpaku, conquistando o Festival de Brasília, Festival de Cinema de Natal e Troféu APCA, ambos na categoria de Melhor Atriz. Quatro anos depois, voltaria a ganhar o APCA, na categoria Melhor Atriz Coadjuvante, pelo trabalho em Menino Maluquinho – O Filme. Em 2006, por protagonizar em Zuzu Angel, recebeu duas indicações ao Prêmio Contigo de Cinema Nacional e Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, conquistando o troféu apenas como Melhor Atriz de Cinema no Prêmio Arte Qualidade Brasil.

Em dezembro de 2001, Patrícia descobriu que tinha um nódulo no seio. Foi constatado que era um tumor maligno, porém como foi diagnosticado em estágio inicial ele pôde ser totalmente removido. A atriz tornou público seu drama e apareceu de cabeça raspada em vários eventos, como forma de incentivar as mulheres a fazer o autoexame de mama e a enfrentar o câncer. A partir de então integrou a campanha “O câncer de mama no alvo da moda”, do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, que conta com o apoio de diversos artistas.  Em 2002, a atriz passou por um processo de quimioterapia, devido a retirada do tumor na mama.

A atriz participou também da campanha Bem-Querer Mulher, pelo fim da violência contra a mulher. Em agosto deste ano, a Justiça catarinense negou um pedido de indenização por danos morais do juiz Rudson Marcos contra a atriz. O magistrado, que ficou conhecido por atuar no caso Mari Ferrer, buscava compensação de R$ 15 mil por uma publicação com a hashtag “estupro culposo”. O processo judicial envolve mais de 160 pessoas que utilizaram a hashtag nas redes sociais ou mencionaram a expressão em referência ao julgamento da influenciadora digital, conduzido por Marcos. No caso da atriz, o juiz alegava que ela publicou o termo e uma imagem com a frase “Mulheres não podem ser culpadas por estupro”.

Na época, Patricia expressou sua indignação com a falta de acolhimento às vítimas de violência sexual. “Não podemos aceitar que membros do Judiciário humilhem as vítimas em vez de acolhê-las. Não podemos aceitar que outros membros sejam completamente omissos diante de um flagrante desrespeito aos direitos humanos, aos direitos da mulher. Não podemos aceitar”, escreveu a atriz.

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