Em maio deste ano, o Amapá viu o número de crianças internadas por síndromes gripais aumentar em 108%, de acordo com dados do Governo do estado. O episódio foi classificado como surto e a Secretaria de Saúde do Amapá identificou casos do vírus VSR (Vírus Sincicial Respiratório), que causa doenças como a bronquiolite, Influenza A e B, além de casos de Covid-19.
Somado a isso, a baixa adesão à vacina contra a gripe (menos de 50% da população se imunizou na campanha nacional encerrada na última quarta-feira, 31) acende um sinal de alerta no País: o aumento de internações e óbitos por gripe.
Para a infectologista, Dra. Lena Peres, a vacinação ainda é a melhor maneira de prevenir a doença e evitar a piora no quadro. “Esse vírus (Influenza) afeta todo o sistema respiratório e é de alta transmissibilidade. É importante que a população se imunize anualmente com a vacina atualizada”, destaca.
Com a campanha encerrada oficialmente ainda restam cerca de 40 milhões de doses em diversos estados brasileiros. O Ministério da Saúde anunciou que os imunizantes seguem disponíveis nos postos de saúde.
De acordo com a médica, a cada 10 pessoas que são internadas com gripe, 7 correm risco de morrer. “Não podemos aceitar que uma doença prevenível com vacina ainda esteja matando pessoas. É importante que a gente saiba que a resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das 10 maiores ameaças à saúde global. Vamos enfrentar a desinformação com informação. Importante procurarmos as unidades básicas de saúde e se vacinar”, alerta.