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Vacinas contra bronquiolite podem ser incluídas no SUS do RJ

Foto: Reprodução

Proposta enviada ao Governo do Estado solicita oferta gratuita das vacinas Abrysvo e Nirsevimabe para proteger gestantes e crianças de até dois anos contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR)

A deputada estadual Lilian Behring (PCdoB-RJ) apresentou, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a Indicação Legislativa nº 541/2025, propondo ao governador Claudio Castro e à Secretaria de Estado de Saúde a inclusão das vacinas Abrysvo e Nirsevimabe na rede pública de saúde estadual para a prevenção da bronquiolite causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

A medida visa atender gestantes de alto risco, recém-nascidos e crianças de até 24 meses, os grupos mais vulneráveis às complicações da doença, que tem lotado hospitais e prontos-socorros no estado.

A bronquiolite, também conhecida como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), vem preocupando profissionais de saúde e famílias. Segundo dados da Fiocruz, o VSR é hoje o principal responsável por internações em crianças menores de 4 anos. Somente em 2025, o Rio de Janeiro registrou um aumento de 19% nos casos da doença.

A parlamentar reforça que as vacinas já são aprovadas pela Anvisa e que a incorporação delas no Sistema Único de Saúde estadual é urgente para evitar mortes evitáveis, aliviar a sobrecarga hospitalar e garantir o direito à saúde para populações em situação de maior vulnerabilidade.

“Não podemos aceitar que mães e bebês fiquem à mercê de uma doença que já pode ser evitada. As vacinas Abrysvo e Nirsevimabe salvam vidas e precisam estar disponíveis na rede pública estadual o quanto antes. É uma medida de justiça social, saúde pública e cuidado com a infância”, defende a deputada Lilian Behring.

A vacina Abrysvo é indicada para aplicação em gestantes, preferencialmente entre a 28ª e 32ª semana de gestação, garantindo a transferência de anticorpos ao bebê ainda no útero. Já a Nirsevimabe é recomendada para crianças até 24 meses com condições de risco, como prematuridade ou comorbidades. Estudos indicam que a proteção proporcionada pelas vacinas pode reduzir em até 82% os casos graves de bronquiolite.

A proposta legislativa também prevê a implementação gradativa, respeitando a disponibilidade orçamentária e logística do Estado, com prioridade para os casos mais vulneráveis do ponto de vista clínico e social. A iniciativa acompanha a tendência nacional, já que a vacina foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“O Rio de Janeiro tem uma população expressiva que depende exclusivamente do SUS. A vacinação é a forma mais eficaz e econômica de proteger nossas crianças e garantir um futuro mais saudável para todos. Estamos falando de um investimento direto na vida”, completa Behring.

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