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Vai passar, mas que a Humanidade aprenda a lição

Editorial

Bastou um microscópico ser vivo, o Covid-19 ─ que se alastra aos milhões pelos quatro cantos ─, para que a humanidade se colocasse de joelhos enquanto aguarda da comunidade médica uma cura para a doença. Cenários econômicos são derrubados um a um, inclusive os das grandes potências comerciais. Incertezas políticas surgem vertiginosamente e disputas mesquinhas perdem espaço. Até mesmo as fronteiras territoriais dos países, essas linhas imaginárias que separam homens e mulheres do planeta, são abolidas nos corações e mentes diante da pandemia. De fato, a dor uniu aquilo que jamais deveria ser apartado: a Humanidade.

O Diário do Rio se soma à esperança que a atual triste página da História vai passar. Acreditamos que conseguiremos, como raça humana, superar esse sofrimento. Mas, quando isso acontecer, vamos precisar de dedicação para reconstruir nossas vidas e, talvez o mais importante, nossa própria concepção sobre o que é viver. A enorme solidariedade que se revela nesse momento tão difícil é algo de valor incalculável, pois revela que conviver em sociedade é ajudarmos uns aos outros, dividindo o que se tem com quem não tem nada ou quase nada.

Vamos aproveitar os bons exemplos de agora, onde saltam aos olhos de muitos a multiplicação de boas ações, de altruísmo e do conforto emocional que isso nos traz. Mais que uma foto legal para ser postada nas redes sociais, essa solidariedade precisa ser uma prática comum no mundo pós-coronavírus.

Foi preciso um microscópico ser vivo para mostrar que desprezar o coletivo é algo por demais perigoso, inclusive para a sobrevivência de todos. Mas isso pode ser revertido, cada um saindo dessa crise como um ser humano melhor. Como já cantou Beto Guedes em ‘Sol de Primavera’, “a lição sabemos de cor, só nos resta aprender”.

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