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Veiga de Almeida inicia testes para desenvolvimento de máscara com proteção antiviral

 

A Universidade Veiga de Almeida (UVA) iniciou nesta semana, em seu Centro de Saúde, na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro, os testes para o desenvolvimento de uma tecnologia antiviral que pode ser capaz de neutralizar a ação da Covid-19 em máscaras de proteção individual. O tecido de algodão ganhou características hidrofóbicas a partir de um recobrimento que utiliza gás ionizado e nanopartículas de carbono e óxido de zinco para garantir a atividade antiviral.

A tecnologia atuará como uma barreira que inativa os elementos virais respiratórios. O projeto, orçado em cerca de R﹩ 500 mil e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), é uma parceria entre a UVA, a Coppe/UFRJ, a PUC-Rio e o Inmetro.

“Criamos um cenário que reproduz a restauração de um dente da frente, a posição que mais gera aerossóis. Simularemos a respiração do dentista durante o procedimento e, por meio de um contador de partículas, será medida a quantidade de aerossóis, além do tempo em que é possível utilizar a máscara com segurança”, explica a pesquisadora Maíra do Prado, professora da Pós-Graduação em Odontologia e representante da Veiga no projeto.

Para a testagem da eficiência do produto, serão realizadas no Centro de Saúde da UVA análises de filtragem e de microscopia ótica. Os pesquisadores também vão desenvolver testes de resistência e de propriedade mecânica do tecido após o tratamento para verificar quantas vezes é possível lavá-lo sem que ele perca as características adquiridas.

O material criado é biodegradável e mostrou-se satisfatório em uma fase anterior de testes, em laboratório. O objetivo é que a máscara desenvolvida no projeto seja utilizada pela população em geral e profissionais de saúde. Com a possibilidade de lavagem, o produto contribuirá para a menor geração de lixo e será uma alternativa mais viável economicamente, tendo em vista o custo atual das máscaras de proteção individual do profissional de saúde e a escassez no mercado de TNT, material mais utilizado neste tipo de equipamento.

A entrega dos protótipos finais está prevista para meados de 2021. “Faremos a transferência de tecnologia gratuitamente para eventuais interessados em produzir as máscaras antivirais em larga escala. É uma descoberta de domínio público”, finaliza Maíra, que também é doutora em Clínica Odontológica pela Unicamp e pós doutora em Engenharia Metalúrgica e de Materiais pela Coppe/UFRJ.

Foto: Pixabay

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