Desde o início da pandemia do coronavírus as máscaras se tornaram essenciais para proteção da população, porém o seu descarte de maneira incorreta traz sérias consequências ao meio ambiente e aos animais.
Dados do Instituto Akatu revelam que somente no Brasil foram descartadas mais de 12 bilhões de máscaras desde o início da pandemia e esse número deve subir ainda mais, já que o uso desse utensílio continua obrigatório.
O veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera, Adolfo Santos, explica que o descarte irregular das máscaras se tornou uma ameaça a milhares de animais, entre eles aves, peixes, cães, gatos, pinguins, entre outros. “O fato de os resíduos plásticos estarem lá indica que os animais estão tendo uma exposição evidente e abrangente em relação a esses resíduos. É preciso incentivar a conscientização das pessoas para o descarte em locais apropriados e evitar os impactos gerados por essa ação no meio ambiente”, orienta.
Adolfo alerta que além das máscaras, as luvas cirúrgicas de látex também podem afetar os animais, principalmente os marinhos. “Todo material descartado incorretamente na natureza representa um corpo estranho e consequente risco. Esse fato é responsável pela morte de milhares de animais todos os anos. Eles podem confundir com alimento, se machucarem ou até mesmo ficarem presos, o que põe em risco suas vidas e a biodiversidade”, pontua.
Para auxiliar no correto descarte o veterinário separou algumas dicas:
- Usar máscaras de tecido reutilizáveis, sempre que possível.
- Cortar as alças dos EPIs antes de reciclar para evitar que os animais fiquem emaranhados;
- Embalar os EPIs usados em um saco plástico, fechá-lo e jogá-lo em lixeiras próprias;
- Utilizar os materiais no prazo máximo orientado pelo fabricante;
- Cortar luvas descartáveis para evitar que os animais fiquem enroscados;
- Descartar os materiais no lixo de maneira correta.