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Voz da Justiça: Por elas e com elas: a revolução feminina nas urnas de 2026

Foto: Adobestock

Em um país onde mais da metade do eleitorado é feminino, a sub-representação das mulheres na política brasileira é um paradoxo que persiste há décadas. As eleições de 2026, no entanto, despontam como um marco de virada, impulsionado por movimentos como o Mulheres em Ação, que não apenas reivindicam espaço, mas o ocupam com propósito, preparo e coragem.

Apesar de avanços legislativos, como a destinação obrigatória de recursos do fundo partidário para promoção da participação feminina, e da reserva mínima de 30% de candidaturas por gênero, os obstáculos continuam. Assédio político, falta de apoio partidário e familiar, e o uso de candidaturas fictícias para cumprir cotas são barreiras que ainda limitam o protagonismo feminino.

Partidos como PDT, PSB e PL já articulam candidaturas femininas com foco em formação política e fortalecimento de lideranças regionais. Ações como capacitação por meio da Fundação Leonel Brizola e encontros nacionais de mulheres têm como objetivo não apenas aumentar o número de candidatas, mas garantir que essas mulheres estejam preparadas para liderar com consistência e impacto.

Lideranças como Juliana Brizola, Pollyanna Werton e Michelle Bolsonaro representam diferentes espectros ideológicos, mas convergem na urgência de ampliar a presença feminina nos espaços de decisão. A pluralidade dessas vozes é essencial para que a política reflita a diversidade da sociedade brasileira.

A presença feminina na política não é apenas uma questão de justiça social, mas de eficiência democrática. Estudos mostram que mulheres eleitas tendem a priorizar políticas públicas voltadas à saúde, educação e inclusão. Portanto, mais mulheres no poder significa uma política mais conectada às necessidades reais da população.

Logo, as eleições de 2026 não serão apenas uma disputa por cargos, mas uma oportunidade histórica de redefinir os rumos do país. Para isso, é necessário que partidos deixem de tratar a participação feminina como vitrine institucional e passem a investir em candidaturas viáveis, com estrutura e apoio. O futuro do Brasil passa pela equidade de gênero na política — e esse futuro começa agora, com mulheres em ação.

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