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2019, um ano de muitas tragédias, crises e emoções

DR 52 _ Central _ Retrospectiva

Por Sandro Barros

JANEIRO

Foto: Agência Brasil

− No dia 1º, Jair Bolsonaro é empossado presidente da República. Em seu primeiro discurso, ele anunciou, sem detalhar, que faria reformas estruturais e criaria um “círculo virtuoso de confiança na economia”. No mesmo dia, Wilson Witzel é empossado governador do Rio.
− A barragem de rejeitos do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu em Brumadinho (MG) no dia 25. A tragédia destruiu casas e propriedades rurais, e resultou na morte de mais de 200 pessoas. As buscas pelas vítimas duraram o ano inteiro.
− O primeiro Torneio de Futebol Jornal Diário do Rio, em Marechal Hermes, aconteceu no dia 19. O evento foi realizado em parceria com o Projeto Social M. Santos F.C., que orienta jovens da comunidade do Muquiço para uma vida digna. O segundo torneio foi em 26 de outubro.

FEVEREIRO

Foto: Reprodução da internet

− A juíza federal Gabriela Hardt condenou, no dia 6, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão na ação penal sobre o sítio em Atibaia (SP). Preso desde abril de 2018, Lula acabou sendo solto em 8 de novembro, um dia depois do STF decidir que o cumprimento de penas de condenados só devem ocorrer após esgotados todos os recursos.
− O alojamento dos jogadores da categoria de base do Flamengo, o Ninho do Urubu, pegou fogo durante a noite de 8 de fevereiro. A tragédia vitimou 10 jovens e as investigações apontam que o incêndio começou a partir do curto-circuito no sistema de ar-condicionado do alojamento.
− No dia 24 é realizada a feijoada do Diário do Rio, no Bar do Beto, em Ipanema, com o comando do apresentador Milton Cunha. Presenças da apresentadora Gardênia Cavalcanti, do ator Luka Ribeiro, do diretor da Mangueira Paulo Ramos e dos radialistas Robson Lima e Marynês Meirelles.

MARÇO

Foto: Agência Brasil

− O ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco foram presos no dia 21, em um desdobramento da Operação Lava Jato, e ficaram detidos em uma cela especial da Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, no Rio de Janeiro. Quatro dias após a prisão, a Justiça determina a soltura de ambos e de outros seis presos.
− Após o crescente número de casos de sarampo, o Brasil perdeu o certificado de país livre da doença, concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde em 2016. Desde então o país intensificou, ao longo de todo o ano, as campanhas de vacinação contra a doença.
− A Estação Primeira de Mangueira vence o Carnaval do Rio de Janeiro. A escola desfilou na Sapucai com o enredo ‘História pra Ninar Gente Grande’, do carnavalesco Leandro Vieira. A Mangueira obteve a pontuação máxima em todos os quesitos.

ABRIL

Foto: CRF

− Temporal no Rio de Janeiro no dia 8 deixa um saldo de dez mortos, alagamentos em muitos bairros e deslizamentos. O prefeito chegou a admitir que sabia que a chuva forte viria, mas não preparou a cidade para isso. Outro temporal, em 6 de fevereiro, já havia deixado sete mortos.
− No dia 12, dois prédios desabaram no Condomínio Figueiras do Itanhangá, na comunidade da Muzema, em Jacarepaguá, deixando 24 mortos e centenas de desabrigados. Os prédios eram construções irregulares e ilegais que haviam sido interditados duas vezes.
− O Flamengo conquistou o campeonato carioca no dia 21, vencendo a final contra o Vasco. Ao longo do ano, com uma forte equipe e com o técnico português Jorge Jesus, o rubro negro também conquistaria o Brasileirão e a Copa Libertadores da América.

MAIO

Foto: Agência Brasil

− O ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou, no dia 12, a censura de uma reportagem da revista digital Crusoé e do site O Antagonista. Nela, Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato, chama Dias Tofolli, presidente do Supremo, de ”amigo do amigo de meu pai”. Seis dias depois, após muitos protestos, Moraes retira a censura judicial.
− Nos dias 15 e 30 de maio, grandes manifestações de estudantes e professores foram realizadas em mais de 200 cidades do país. Eram os protestos contra o corte da verba da Educação. Enquanto os estudantes diziam que “não vai ter corte, vai ter luta”, Bolsonaro os chamou de “imbecis” e “idiotas úteis”.
− O Senado aprovou, no dia 28, a MP da reforma administrativa. Com isso, Bolsonaro conseguiu aprovar quase todas as alterações feitas na estrutura do seu governo;.

JUNHO

Foto: Edmilson Saldanha

− No dia 6, no Clube de Engenharia, no Centro do Rio, aconteceu o primeiro Prêmio Brasileiro com Muito Orgulho, do jornal Diário do Rio. Diversos talentos foram homenageados por suas trajetórias.
− A Copa Feminina de futebol da França começa no dia 7, com 24 seleções. As francesas eliminaram as brasileiras nas oitavas de final. Marta, com 17 gols, torna-se a maior goleadora da história das Copas do Mundo. .
− Após seis sessões de julgamento, o STF decidiu, no dia 13, criminalizar a homofobia como forma de racismo. Ao finalizar o julgamento, o STF declarou a omissão do Congresso em aprovar a matéria e determinou que casos de agressões contra o público LGBT sejam enquadrados como o crime de racismo até que uma norma específica seja aprovada pelo Congresso Nacional.

JULHO

Foto: Fotos Públicas

− No Maracanã, o Brasil venceu o Peru por 3 a 1 ,no dia 7, e voltou a conquistar um título de Copa América de futebol dentro de casa. É o nono do Brasil na competição. Com o elenco unido, sem estrelismo e determinado, a seleção se reaproximou da sua torcida.
− Policiais federais detiveram no dia 23, no estado de São Paulo, quatro suspeitos de acessar, sem autorização, o telefone celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. No mês anterior, o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, divulga diálogos atribuídos ao então juiz Moro e a procuradores da Lava Jato.
− Após seis sessões de julgamento, o decidiu, no dia 13, criminalizar a homofobia como forma de racismo. Ao finalizar o julgamento, a Corte declarou a omissão do Congresso em aprovar a matéria e determinou que casos de agressões contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis) sejam enquadrados como o crime de racismo até que uma norma específica seja aprovada pelo Congresso Nacional.

AGOSTO

Foto: Rede Brasil

− Em Lima, no Peru, o Brasil teve a melhor atuação em Jogos Pan-Americanos. Neste, encerrado dia 11, o Brasil conquistou 171 medalhas e garantiu o segundo lugar no quadro geral de medalhas, com 55 de ouro, 45 de prata e 71 de bronze.
− O Senado aprovou, no dia 21, a MP da Liberdade Econômica, mas sem os três artigos que envolviam alterações nas regras sobre o trabalho aos domingos. A MP só serve para explorar ainda mais os trabalhadores através da retirada de direitos.
− No dia 23 é formada a Operação Verde Brasil, que reuniu várias entidades para combater os incêndios na Amazônia. O presidente Bolsonaro assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem que permite a atuação das Forças Armadas no combate ao incêndio, que se tornam alvo de intensos debates no país e no exterior.

SETEMBRO

Foto: Fotos Públicas

− Com Wagner Tiso e Tunai, estreia no dia 3 o projeto Diário do Rio Musical, com show no Teatro Rival Petrobras, no Centro do Rio de Janeiro. No dia 10 de dezembro, no mesmo local, o projeto apresentaria o inesquecível ‘Quadra de Damas’, com Fhernanda Fernandes, Indiana Nomma, Rosa Marya Colin e Leny Andrade.
− Um incêndio de grandes proporções atingiu na noite do dia 12 o Hospital Badim, da Rede d’Or, no Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O fogo começou com um curto-circuito no Prédio 1, o mais antigo do complexo, espalhando fumaça por todos os andares do edifício. A tragédia deixou 22 mortos.
− No dia 26, a mancha de óleo que atingiu o litoral do Nordeste chegou a mais quatro localidades, todas no Maranhão. Na época, a mancha chegou a todos os estados nordestinos, com exceção da Bahia. Ao todo, 48 municípios foram atingidas.

OUTUBRO

Foto: Agência Brasil

− Pesquisa do IBGE revelou o número recorde de trabalhadores informais no Brasil, totalizando 93,6 milhões (41,4% do total da população ocupada no país). Dos 684 mil novos empregos criados no trimestre concluído em agosto, 87,1% foram sem carteira assinada.
− O Supremo Tribunal Federal (STF), em 2 de outubro, decide anular sentenças e exigir que réus delatores se pronunciem nas alegações finais dos processos antes que os réus delatados. O entendimento do STF é um duro golpe na Lava Jato.
− No dia 13, a Igreja Católica reconheceu a primeira santa brasileira Irmão Dulce foi canonizada e passou a se chamar Santa Dulce dos Pobres. A celebração litúrgica reuniu cerca de 50 mil pessoas em frente ao Vaticano, em Roma.

NOVEMBRO

Foto: Agência Brasil

− A expectativa de vida ao nascer no Brasil subiu para 76,3 anos em 2018, segundo informações divulgadas no dia 28 pelo IBGE. Em 2017, a expectativa de vida era de 76 anos, ou seja, aproximadamente três meses a menos do que em 2018.
− Bolsonaro fez balanço dos 300 dias de gestão e também lançou, no dia 11, o Programa Verde e Amarelo. Ele diz que poderá é gerar 4,5 milhões de empregos ao longo de três anos, mas não passa de uma ‘mini’ reforma trabalhista.
− No dia 12, quase nove meses depois de ser oficialmente proposta pelo governo, deputados e senadores, em uma sessão conjunta do Congresso Nacional, promulgaram a reforma da Previdência. O texto altera regras de aposentadorias e pensões para mais de 72 milhões de pessoas, retirando-lhe direitos.

DEZEMBRO

Foto: Reprodução Facebook

− No dia 3, a juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, acatou denúncia feita pelo MP-RJ contra o cabo da Polícia Militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado da morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos, na comunidade da Fazendinha, Complexo do Alemão, em 20 de setembro.
− Com três meses de salários atrasados, funcionários das Organizações Sociais, que administram parte das unidades de saúde do Rio de Janeiro, começam uma greve no dia 10. O prefeito Crivella declara, por meio de suas redes sociais, que “não há crise. É fake”.
− O presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto lei conhecido como pacote anticrime no dia 24. O pacote reúne parte da proposta apresentada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e trechos do texto elaborado pela comissão de juristas coordenada por Alexandre de Moraes, ministro do STF.

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