Leitos estão em boas condições de funcionamento, mas a falta de profissionais qualificados para operá-los é um dos principais empecilhos para serem usados.

A rede hospitalar do Rio de Janeiro está com 320 leitos impedidos de receberem pacientes. As condições para esses leitos funcionarem estão boas até, mas a falta de profissionais competentes impede seu funcionamento pleno. Este dado foi levantado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, que nesta semana vistoriou oito unidades hospitalares do Rio, onde constatou a irregularidade. A comissão também encontrou problemas como hospitais com alas superlotadas e outros com enfermarias fechadas.

Nos quatro dias de fiscalização, as unidades visitadas pelos deputados foram os hospitais federais de Bonsucesso (HFB); Cardoso Fontes (HFCF); Ipanema (HFI); da Lagoa (HFL); do Andaraí´ (HFA); dos Servidores do Estado (HFSE); e os Institutos Nacionais de Cardiologia (INC) e de Traumatologia e Ortopedia (INTO), onde esses 320 leitos estão impedidos de serem usados.

Entre os problemas constados, no Hospital Federal dos Servidores do Estado, por exemplo, há 374 leitos cadastrados, porém 57 não estão funcionando e várias salas do hospital estão trancadas, sem nenhum profissional presente na unidade com a chave no dia que foi feita a vistoria pelos deputados. Na mesma unidade, a comissão constatou outras salas sendo usadas para outras funções, como administrativas, vestiários ou reuniões. Na mesma unidade, a comissão entrou camas novas em uso. Enquanto isso, outros hospitais carecem deste mesmo equipamento.

Outra irregularidade está na unidade do Inca da Cruz Vermelha, no Centro. Nos fundos deste hospital, há um terreno baldio onde já deveria ter sido construído o prédio Centro Integrado do Instituto Nacional do Câncer, mas a obra foi paralisada desde 2012.