Da Amazônia aos salões da ONU, a ativista brasileira convoca o mundo para agir contra a crise climática
Em um cenário global marcado por promessas e discursos vagos, a jovem brasileira Paloma Costa se levantou na Cúpula do Clima da ONU como um sopro de verdade e urgência. Ao lado de lideranças mundiais, sua voz firme carregava o peso da Amazônia, do Cerrado, das populações ribeirinhas e dos povos tradicionais. “Nós não temos tempo”, afirmou, lembrando que cada segundo de inação agrava a desigualdade, intensifica desastres e ameaça vidas.
Aos 27 anos, Paloma representa uma geração que não se contenta com aplausos: exige compromissos concretos. Não fala apenas de estatísticas, mas de realidades que conhece de perto, de rios que secam, de cidades inundadas e de florestas devoradas pelo fogo.
Da bicicleta ao palco global
Engajada desde muito jovem, Paloma é coordenadora do Grupo de Trabalho em Clima da ONG Engajamundo, onde articula ações para pressionar governos e empresas a assumirem metas reais na luta contra a crise climática. Atua também como assessora do Instituto Socioambiental (ISA), fortalecendo políticas públicas e projetos que protegem povos indígenas e territórios tradicionais.
Mas sua militância não se limita a escritórios ou conferências internacionais. Ela é cofundadora do projeto Ciclimáticos, uma iniciativa criativa que combina pedaladas com consciência: percorrendo o Brasil de bicicleta, Paloma e seu grupo divulgam histórias e soluções climáticas, aproximando comunidades e inspirando mudanças. Cada viagem é um manifesto vivo de que a mobilidade sustentável é possível e necessária.
Entre sonhos e urgências
O que move Paloma é a certeza de que não há luta ambiental dissociada da justiça social. Para ela, combater as mudanças climáticas significa garantir direitos básicos, como água potável, alimentação saudável e moradia segura. Seu discurso ecoa uma crítica contundente à inércia das lideranças globais: “Não somos estatísticas. Somos vidas em jogo.”
Na Cúpula do Clima, Paloma não levou apenas palavras — levou histórias. Histórias de comunidades indígenas que resistem ao desmatamento, de jovens que plantam árvores em áreas degradadas, de cidades que sofrem com eventos extremos. Sua fala foi um apelo e, ao mesmo tempo, uma convocação: que os compromissos assumidos deixem o papel e se transformem em políticas efetivas.
Uma juventude que não se cala
Paloma é símbolo de uma juventude que escolheu agir. Seu rosto estampou jornais e redes sociais, mas sua essência continua a mesma: uma jovem brasileira que acredita no poder do coletivo. Nas estradas, com a bicicleta carregada de esperança, ou nos corredores da ONU, ela reafirma a urgência da transição para um mundo mais justo e sustentável.
“Se quisermos ter futuro, precisamos começar agora”, repete, transformando palavras em atos, sonhos em mobilização. Paloma Costa não é apenas uma voz na luta climática; é um grito que se recusa a ser silenciado.



