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Médica suspeita de matar farmacêutica cantou ao ser presa: ‘Sem remorso’

Imagem: Reprodução / Redes Sociais

A médica Claudia Soares Alves foi presa pela Polícia Civil de Minas Gerais quase cinco anos após ser apontada como a principal suspeita de planejar e encomendar o assassinato de uma farmacêutica, ocorrido em 2020, na cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

De acordo com a corporação, Claudia foi localizada e detida nesta quarta-feira (5) durante uma ação coordenada pela Delegacia de Homicídios. A médica, que já havia sido presa anteriormente pelo rapto de uma recém-nascida em 2023, voltou a ser alvo da polícia agora por um crime ainda mais grave — o homicídio encomendado de uma colega de profissão.

Segundo as investigações, o assassinato da farmacêutica teria sido premeditado. A motivação exata ainda é mantida em sigilo, mas a polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido motivado por ciúmes, desentendimentos pessoais e rivalidade profissional.

Um detalhe que chamou atenção dos investigadores e da imprensa foi a frieza da médica no momento da prisão. Ao ser conduzida pelos agentes até o Instituto Médico Legal (IML) para a realização do exame de corpo de delito, Claudia cantava calmamente, sem demonstrar qualquer sinal de arrependimento ou preocupação.

“Ela estava cantarolando como se nada tivesse acontecido. É uma pessoa que não possui o menor remorso de nada, mas é investigada por um crime de homicídio”, afirmou o delegado Eduardo Leal, responsável pelo caso, em entrevista coletiva.

A Polícia Civil informou que o inquérito foi reaberto após o surgimento de novas provas e depoimentos que reforçaram o envolvimento da médica no planejamento da execução. A farmacêutica, vítima do crime, foi morta em circunstâncias consideradas cruéis e premeditadas, segundo os investigadores.

Claudia Soares Alves foi encaminhada para o sistema prisional mineiro, onde permanecerá à disposição da Justiça. As autoridades seguem apurando se outras pessoas participaram da execução do crime e se há mandantes ou intermediários envolvidos.

O caso reacendeu o debate sobre a impunidade em crimes de mando e a necessidade de celeridade nas investigações envolvendo profissionais da área da saúde.