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Vilma Nascimento – O eterno Cisne da “Passarela”

Considerada a maior porta-bandeira da história de todos os tempos, Vilma Nascimento, aos 82 anos de vida e 74 de carnaval, entrou para anais do carnaval, intitulada o “Cisne da Passarela”.

Na década de 60 foi um dos principais nomes da agremiação e mantém seu reconhecimento até hoje, não somente pelos componentes da escola, mais também, pelo reconhecimento de patrimônio da Cultura Brasileira.

Desfilou pela primeira vez, ainda criança, no bloco Unidos de Dona Clara. Estreou como porta-bandeira defendendo a União de Vaz Lobo, escola de sua mãe.  Vilma na época trabalhava como dançarina da boate Night and Day, na Cinelândia, e a partir daí, começou então a chamar a atenção do Sr. Natal da Portela, que a convidou para a Portela.

Inicialmente, recusou os primeiros convites, mas acabou cedendo pouco antes de se casar com Mazinho, filho de Natal. Em 1957, assumiu a bandeira azul e branca, substituindo Dodô, que passou a atuar como segundo porta-bandeira.

Defendida por Vilma, a Portela conquistou quatro campeonatos seguidos, de 1957 a 1960. Também ganhou do jornalista Valdinar Ranulfo o apelido de Cisne da Passarela devido à elegância com que mudou o estilo de dança das porta-bandeiras, que nessa época passaram a ser um dos quesitos julgados no desfile.

Em 1969, Vilma passou o posto de primeira porta-bandeira para Irene e passou a desfilar como destaque. Retomou a função de 1977 a 1979.

Em 80, fez parte do grupo que se afastou da escola para fundar a Tradição, e só retornou a azul e branco em 2007. A Porto da Pedra lhe rendeu homenagem como uma das “Majestades do Samba”, no desfile de 2014.

Vilma, também ganhou o “Estandarte de Ouro” três vezes seguidas, no período de 1977 a 1979, e mais um pela Tradição em 1989.

Hoje, Vilma é sem dúvida, parte fundamental da história da Portela, estando sempre presente nos eventos e desfiles da escola. O legado construído segue com a Danielle, que foi porta-bandeira da escola até o carnaval 2017 e, neste ano, foi nota máxima no Paraíso do Tuiuti.

A neta Camylinha é a segunda porta-bandeira da Portela e será a primeira da Unidos da Ponte no próximo carnaval. A bisneta, Clarice, de 10 anos, já faz aulas para seguir o nome, e a raiz da ancestralidade.

 

Foto : Reprodução

 

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