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Distanciamento social reduziu casos de síndrome respiratória no Rio

Um relatório divulgado ontem (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que houve uma queda de novos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Rio de Janeiro na segunda quinzena de maio deste ano e na primeira semana de junho. De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do sistema Infogripe, que traz o levantamento, a diminuição ocorrida no período se deve às medidas de distanciamento social adotadas no estado devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Segundo dados do Infogripe, na semana epidemiológica iniciada em 15 de março, os casos de SRAG no estado do Rio cresceram quase três vezes em relação à semana anterior, passando de 1,46 por 100 mil habitantes para quatro casos por 100 mil.

Nas semanas seguintes, os casos cresceram até chegar ao ápice de 17,81 casos de SRAG por 100 mil habitantes na semana epidemiológica iniciada em 26 de abril. Desde então, houve quedas semanais até chegar aos 10,43 casos por 100 mil na semana iniciada em 31 de maio.

“A atualização referente ao período de 31 de maio a 6 de junho mostra que a segunda quinzena de maio foi de queda sustentada, ou seja, de sequência de semanas consecutivas de queda no número de novos casos semanais no estado do Rio de Janeiro. Porém, os casos semanais continuam bem acima do limiar de atividade muito alta para o estado, que é baseado no padrão histórico”, informou o coordenador do sistema.

Na comparação com os valores 2019, os dados de 2020 são considerados ainda muito altos. Na semana epidemiológica iniciada em 2 de junho do ano passado, por exemplo, os casos eram de 0,66 por 100 mil habitantes no estado.

O coordenador do InfoGripe alerta que, apesar da queda nas últimas semanas, é importante manter o distanciamento social, até que se confirme a sustentabilidade da queda nas próximas semanas e também para se evitar o colapso do sistema de saúde.

A SRAG é um dos sintomas graves de pacientes com covid-19, mas nem todos casos de síndrome respiratória aguda grave se referem à doença. Os dados mais recentes do Infogripe mostram que, no ano, pelo menos 39% dos casos de SRAG no país foram provocados por covid-19 e mais 21% aguardam confirmação laboratorial.

Com informações e foto da Agência Brasil

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