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Asma x Covid-19: Entenda a relação entre a doença respiratória e a COVID-19

Segundo o Ministério da Saúde, mais de 6 milhões de brasileiros sofrem com a asma, doença respiratória crônica que mata até cinco pessoas diariamente no Brasil. Com o novo coronavírus, pacientes portadores de enfermidades pulmonares, como a asma, se tornam grupo de risco para a doença.

Pacientes com asma têm maior risco de desenvolver complicações caso sejam infectados pela COVID-19, alerta Alberto Chebabo, infectologista do Lâmina Medicina Diagnóstica, laboratório que integra a Dasa. “Em casos mais graves, o vírus pode provocar uma reação inflamatória no pulmão, o que pode ser fatal, especialmente para pessoas portadoras da asma. Vale ressaltar que a asma é uma doença que pode se iniciar em qualquer faixa etária, não só em crianças, e portanto, todos os pacientes devem procurar um especialista para avaliar o seu quadro de saúde caso apresentem falta de ar, tosse persistente e sensação de chiado no peito.”, explica Chebabo

Outro ponto de atenção é que as doenças respiratórias têm seu pico de incidência no inverno, e com isso há aumento da procura pelos serviços de saúde. “Os pacientes com asma preferencialmente devem ter os remédios prescritos para a prevenção e tratamento de crises em suas residências para que, em casos leves, não necessitem sair de casa. Para casos moderados e severos, mesmo em tempos de pandemia, é recomendável que o paciente procure atendimento médico.”, acrescenta.

A fata de ar é o principal sintoma, e o mais grave, nas crises de asma. Segundo o médico, a COVID-19 também pode apresentar a falta de ar, o que exige, portanto, para realizar o diagnóstico diferencial em asmáticos, a observação de outros sinais como dores pelo corpo, cefaleia e febre, incomuns em crises asmáticas. Por ser uma doença crônica, a asma pode deixar o paciente mais vulnerável a infecções secundárias. Essas infecções podem ser causadas por bactérias (pneumonia bacteriana) ou por vírus, inclusive o novo coronavírus.

Alberto Chebabo ressalta que a imunização contra outras doenças respiratórias é importante neste período, sobretudo com a chegada do inverno. “Os portadores da asma também devem se vacinar o quanto antes contra o pneumococo e influenza (gripe). Dessa forma, o paciente se prepara para o inverno, período mais crítico para a asma, além de reduzir a chance de infecções e a necessidade de procurar os serviços de saúde, reduzindo assim o risco de contágio pela COVID”, explica.

Além de continuar com os tratamentos receitados pelo médico, o paciente asmático deve seguir todas as medidas de proteção como usar máscaras, lavar as mãos e, principalmente, ficar em casa se for possível. Medidas simples, como por exemplo, reduzir poeira e ácaros, pelos de animais e outros alérgenos (alimentares e inalantes) também contribuem para a redução de crises.

 

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