Após dias de confrontos, Israel e Hamas estabeleceram um acordo de cessar-fogo, a partir das 2h de sexta-feira (21) no horário local, suspendendo o conflito mais feroz entre as duas partes em anos. Desde o início do confronto, em 10 de maio, autoridades de saúde de Gaza dizem que 232 palestinos, entre eles 65 crianças, foram mortos, e mais de 1.900 ficaram feridos em ataques aéreos. Israel diz ter matado pelo menos 160 combatentes em Gaza e diz que teve 12 mortes em território nacional, com centenas de feridos sendo atendidos após ataques de foguetes que causaram pânico e fizeram pessoas correrem em busca de abrigos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu gabinete de Segurança havia votado de maneira unânime a favor da trégua proposta pelo Egito. O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, enviou duas delegações de segurança para os territórios israelense e palestino para trabalhar em busca da suspensão do conflito. Minutos após o anúncio, no entanto, já na contagem regressiva para o cessar-fogo, as duas partes ainda trocavam ataques, mas os confrontos foram suspensos no horário programado.
Em meio à crescente indignação global com o derramamento de sangue, o presidente dos EUA, Joe Biden, pediu na quarta (19) que Netanyahu buscasse uma maneira de desacelerar o conflito, enquanto Egito, Catar e a ONU arriscavam uma mediação.
Quase 450 edifícios de Gaza, densamente povoada, foram destruídos ou seriamente danificados, incluindo seis hospitais e nove centros de atendimento de saúde primários. No dia 15, Israel realizou um ataque e destruiu uma torre de 12 andares em Gaza que abrigava os escritórios da Associated Press e de outros meios de comunicação dos Estados Unidos, alegando que o prédio também foi usado pelo grupo militante islâmico Hamas. O prédio al-Jalaa na Cidade de Gaza, que também abrigava os escritórios da emissora Al Jazeera, do Catar, bem como outros escritórios e apartamentos, no entanto, tinha sido evacuado antes, depois que o proprietário recebeu um aviso prévio do ataque.