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Intenção de consumo das famílias no Brasil recua em maio

Mesmo com a vacinação e com medidas que flexibilizam os comércios por todo o Brasil, a intenção de consumo das famílias brasileiras foi reduzida no mês de maio, segundo Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).O estudo feito na última semana aponta que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 1,6% na passagem de abril para maio deste ano e chegou a 67,5 pontos. Essa é a segunda queda consecutiva do indicador, que atingiu o menor patamar desde agosto de 2020 (66,2 pontos). Na maioria dos estados, foi notória a diminuição das vendas em quase todos os ramos.

Em relação a maio de 2020, a queda chegou a 17,3%. Esse é o 14º recuo do indicador neste tipo de comparação e o pior mês de maio da série histórica, iniciada em 2010.

Na passagem de abril para maio, os sete componentes da ICF tiveram redução, com destaque para perspectiva profissional (-4,4%) e momento para a compra de bens duráveis (-3%).

Na comparação com maio, também houve queda nos sete componentes, sendo os maiores deles na renda atual (-23,5%) e no momento para bens duráveis (24,7%).

“De modo geral, ainda há muita desconfiança com relação à capacidade de recuperação econômica até o fim do ano. O mercado de trabalho vem amparando a resiliência do brasileiro, incentivando sua capacidade de consumo, mas mesmo as empresas encontram obstáculos. Até a imunização coletiva, não conseguiremos encerrar essa oscilação completamente”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

VENDAS ONLINES CRESCEM NA PANDEMIA

Mesmo com a queda na intenção de consumo, os empreendedores seguem se utilizando do mercado online para fazer lucros. A venda aumentou nesse setor, simplesmente pelo fato das pessoas evitarem sair de casa e aproveitar a comodidade de suas casas para fazer compras. 

Sete em cada dez micro, pequenas ou médias empresas (73,4%) do país estão fazendo vendas online durante a pandemia do novo coronavírus. Isso é o que revelou uma pesquisa feita pela Serasa Experian com 508 empreendedores, realizada no mês de fevereiro.

Desse total, 83,1% pretendem manter a realização dos negócios pela internet mesmo quando a pandemia acabar.

Dentre os canais mais utilizados para as vendas estão as redes sociais, principalmente o WhatsApp (72%).

Na pesquisa, os entrevistados revelaram ainda que a venda online ajudou a atingir públicos diferentes (51% das respostas mencionaram isso), criou mais exposição para o seu negócio (44,8%) e permitiu atingir novas regiões (34,5%).

A pesquisa também mostrou que 24,8% dos empreendedores têm buscado empréstimos e financiamentos para manter seus negócios. Dentre as empresas que mais requisitaram empréstimos ou financiamentos estão as do setor de comércio (38,1%).

O Brasil é um dos líderes mundiais no mercado de consumo online. Inclusive, em muitos países, as importações vindas para o país – em especial da China – o consumidor brasileiro aparece nas primeiras posições. Importações dos Estados Unidos também estão muito bem ranqueadas, segundo números recentes divulgados.

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