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Planetário do Rio inaugura exposição “Do Gênese ao Apocalipse” e passa a abrir para o público durante a semana

A Fundação Planetário do Rio inaugura, no próximo sábado, dia 03 de julho, a exposição: “Da Gênese ao Apocalipse”, que apresenta 38 meteoritos no Museu do Universo, que integra o Planetário. O conjunto conta com parte da coleção do Museu Nacional / UFRJ, entre eles o meteorito Santa Luzia, o segundo maior já encontrado no país.

O evento marca também o reinício das atividades do Planetário e Museu do Universo durante a semana, que passam a abrir de *terça a domingo para visitas e sessões de cúpula, com gratuidade para o público em geral todas as terças-feiras. A Fundação Planetário é ligada à Secretaria de Governo e Integridade Pública (SEGOVI) da Prefeitura do Rio de Janeiro.

A exposição será aberta por um evento especial: a primeira edição do “Papo com o Extraterrestre”, ciclo de encontros mensais sobre astronomia e meteorítica, a ser realizado na manhã do primeiro sábado de cada mês. O evento conta com as “Meteoríticas”, time de mulheres cientistas que desenvolve pesquisas e realiza atividades de campo, viajando pelo país caçando esses objetos extraterrestres. Maria Elizabeth Zucolotto, curadora do Museu Nacional e maior autoridade em meteoritos no Brasil, é a líder da equipe, que ainda conta com a química Amanda Tosi e a astrônoma Diana Andrade.

“Da Gênese ao Apocalipse”

Gledson Machado, presidente da Fundação Planetário, ressalta a importância de oferecer o acesso a esse acervo, resgatado do trágico incêndio do Museu Nacional, em 2018. “É a chance de tocar e conhecer objetos extraterrestres mais antigos que a própria Terra. Essa exposição é mais um motivo para o carioca vivenciar a experiência Planetário”, afirma Gledson

Leandro Guedes, diretor da Astronomia da Fundação Planetário, explica o nome da exposição: “A ‘Gênese’ é uma alusão ao fato de os meteoritos carregarem, em sua química, informações primordiais sobre a formação do sistema solar, muito parecida com a que havia na nebulosa que deu origem aos planetas. E o ‘Apocalipse’ lembra a relação entre asteroides e grandes extinções, como a dos dinossauros”.

As Meteoríticas e os meteoritos

Maria Elizabeth Zucolotto, Amanda Araújo Tosi e Diana Paula de Pinho Andrade estão juntas como grupo organizado há quatro anos e, além de conduzirem suas pesquisas e aulas na UFRJ, trabalham na caça, pesquisa e divulgação de meteoritos pelo país.

O trio esteve em missão de campo durante o mês de junho, no Sul do país. No Paraná, investigaram a queda do meteorito de Rio Negro, que tem seus fragmentos preservados no Observatório do Vaticano. Na ilha de São Francisco do Sul, Santa Catarina, usaram mapas centenários para investigar o local do achado do meteorito Santa Catharina, um famoso episódio da astronomia brasileira.

“Ele foi vendido como uma mina de níquel para a Inglaterra no século XIX e virou trilho de trem. Porém, o Museu Nacional/UFRJ ainda possui um fragmento do meteorito metálico Santa Catharina no seu acervo”, relata Elizabeth Zucolloto.

O “Papo com o Extraterrestre” está marcado para as 09h do sábado, dia 03 de julho, no Parque do Planetário (área externa), em volta do meteorito Santa Luzia. O Planetário fica na rua Vice-Governador Rubens Berardo, 100, Gávea.

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