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Nossa dieta de microplástico

Pesquisa publicada recentemente na Nature descobriu que os microplásticos podem ser gerados por tarefas simples em nossas vidas diárias como quando abrimos uma sacola plástica para comer chocolate, cortamos ou rasgamos fita adesiva para abrir uma embalagem, torcemos ou abrimos uma garrafa para beber água, cerveja e muito mais. Em todas estas ações, uma tensão é criada levando à quebra do plástico em microplásticos.

Embora o risco do plástico para os seres humanos ainda seja objeto de estudo, pesquisas preliminares apontam a entrada em nosso organismo através da ingestão via cadeia alimentar. Já foi comprovado a existência em frutos do mar, mel, açúcar, sal marinho, água da torneira e até cerveja. Ou então pela inalação do ar. Não podemos esquecer dos produtos diários gerados pela indústria como cosméticos ou pastas de dentes, por exemplo.

Em um estudo, microplásticos foram detectados nas fezes humanas.

Um segundo estudo realizado nos EUA sobre o Consumo Humano de microplástico, considerando a ingestão calórica de 15% dos americanos, mais a inalação dos microplásticos, cientistas estimaram uma exposição anual entre 74.000 e 121.000 microplásticos por pessoa.

Com os microplásticos gerados por nós mesmos em nossa vida diária como fontes extras, devemos assumir nossa própria responsabilidade quando nos preocupamos com a contaminação por microplásticos.

Infelizmente, apesar de seus riscos potenciais, a demanda e o descarte de plásticos continuam a aumentar em todo o mundo, superando todos os outros materiais fabricados e continuando a colocar em risco a saúde humana e ambiental.

Rafael Zarvos
Advogado e fundador da Oceano Resíduos, especialista em ESG.
rafael@oceanoresiduos.com.br
@rafaelzarvos

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