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Universidades e colégios federais do Rio adiam volta às aulas

Diante da expansão da variante Ômicron do novo coronavírus, que teve um aumento de 181% nos casos registrados em janeiro de 2022 no estado do Rio de Janeiro, universidades e colégios federais estão revendo o cronograma de retorno às atividades presenciais. A Universidade Federal do Estado do Rio (Unirio) divulgou nota informando a interrupção até 15 de fevereiro.

“A medida considera, entre outros fatores, o atual cenário pandêmico indicado pelos posicionamentos dos órgãos de saúde no âmbito do município do Rio de Janeiro, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente, os quais reforçam que toda situação de aglomeração representa maior risco de transmissibilidade, impactando nos indicadores da pandemia no Estado”, informou a instituição. A Unirio mantém como presenciais apenas as “atividades consideradas indispensáveis”.

O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) prorrogou até 15 de fevereiro a interrupção de atividades presenciais. A decisão considerou a recomendação do Comitê Central de Acompanhamento do Coronavírus sobre o aumento do número de casos e a alta transmissibilidade da variante ômicron.

“Considerou, ainda, a epidemia em curso do vírus da influenza A, subtipo H3N2, que pode levar a casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), em pessoas do grupo de alto risco, condição que poderá sobrecarregar as unidades de saúde no estado do Rio de Janeiro”.

A recomendação levou em conta, também, o Mapa de Risco da Covid-19, divulgado na sexta-feira (28) pelo governo do estado, que indica sete das nove regiões em bandeira laranja, de risco moderado para a transmissão da doença, além de duas regiões em bandeira vermelha, de risco alto.

A reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) prorrogou, na semana passada, a suspensão das atividades presenciais não essenciais até o dia 15 próximo, incluindo o colégio de aplicação. Estão mantidas as atividades acadêmicas do Centro Biomédico.

O ato administrativo considera o “incremento na incidência da infecção pelo SARS-Cov-2, nas últimas semanas, resultante da circulação da variante Ômicron no Rio de Janeiro”, bem como “a epidemia de Vírus da Influenza A Subtipo H3N2 na capital fluminense”.

Na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), o adiamento vai até o dia 7 de março, “em virtude do agravamento dos indicadores epidemiológicos da pandemia da covid-19 decorrente da circulação da variante Ômicrom no estado do Rio de Janeiro”.

Segundo a nota da reitoria, haverá nova avaliação dos indicadores esta semana. “Caso haja melhora no cenário, o retorno presencial poderá ser antecipado; caso haja piora, o retorno poderá ser adiado novamente”, informa a instituição, ressaltando que a comunidade acadêmica será comunicada com 15 dias de antecedência da data de retorno prevista.

Cada instituto e departamento da UFRRJ poderá decidir sobre a oferta de disciplinas práticas na modalidade presencial, a partir desta semana.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou nota, na semana passada, informando que o retorno das atividades presenciais previstas para ontem (31) está mantido, já que os boletins epidemiológicos “têm indicado uma baixa ocorrência de quadros graves e internações pela covid-19, apesar das altas taxas de transmissão da variante Ômicron”.

A recomendação vale apenas para as atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão que já estavam operando na modalidade presencial no segundo semestre letivo de 2021, que tem previsão de terminar em março.

“As atividades administrativas anteriormente suspensas devem retornar à modalidade presencial para o funcionamento das atividades didático-pedagógicas, de pesquisa e extensão, seguindo os protocolos e planejamentos anteriores realizados pelas unidades”, informou a UFRJ. O acesso aos espaços da UFRJ depende de comprovante de esquema vacinal completo contra a covid-19.

A Universidade Federal Fluminense (UFF) mantém até o encerramento do atual semestre letivo, em 12 de fevereiro, o plano em vigor. Ou seja, estão mantidas as atividades presenciais para disciplinas práticas e estágios.

Ainda não há decisão sobre o próximo semestre letivo, que se inicia no dia 28 de março. De acordo com a UFF, três cenários estão em análise para as aulas: presencial, presencial mediado por tecnologia e remoto no caso de recrudescimento da pandemia.

“Por meio do GT-Covid e outras instâncias, seguimos atentos à situação sanitária do estado do Rio de Janeiro a fim de garantir um retorno presencial adequado e seguro para a comunidade interna. Em breve, o assunto será pauta de discussão no Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da Universidade e as decisões serão amplamente divulgadas”, explicou a UFF.

No Colégio Pedro II, a previsão é que o ano letivo de 2021 seja retomado no dia 7 de fevereiro. O Conselho Superior do colégio (Consup) se reúne amanhã para deliberar sobre como será a volta às aulas, se presencial, híbrida ou remota.

“O mesmo documento também apresenta planos contingenciais, com possibilidade de adoção de regime semipresencial ou totalmente remoto, para casos em que o retorno presencial não seja possível devido à alteração do cenário epidemiológico no estado do Rio de Janeiro”, informou o colégio.

 

Agência Brasil

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