Na pele,a argila já é conhecida na rotina de beleza. Mas é possível ir além e aproveitar os benefícios da argiloterapia também nos cuidados com os cabelos. À primeira vista, pode parecer uma maneira improvável de remover a sujeira nos fios, mas acredite: preta, verde ou vermelha, cada uma delas carrega características particulares que ajudam no tratamento do couro cabeludo, área fundamental para a saúde dos fios. A argila consegue absorver as impurezas do couro cabeludo, agindo como uma máscara ou pré-xampu natural. As propriedades da argila funcionam como um ‘peeeling’ capilar, esfoliando a região. Não é à toa que a argila está presente nos processos de detox capilar. Ela é um ingrediente extraído do solo e rico em minerais, como o magnésio, zinco e selênio, que têm ação antioxidante. Como resultado, consegue equilibrar o pH da região, controlar a oleosidade e, consequentemente, tornar os fios mais soltinhos, leves. Para ser usada sem prejuízos, entretanto, é preciso que seja do tipo fitoterápica.A argila verde, por exemplo, é a mais indicada para fios oleosos e mistos pela ação adstringente, mas as outras cores também são válidas, como a preta, que acumula a maior quantidade de minerais e a vermelha, mais suave.Independentemente da tonalidade, a aplicação no couro cabeludo deve ser feita com um pincel, seguida de uma leve massagem com as pontas dos dedos para estimular a circulação sanguínea local. É importante que não seja usada com os fios muito sujos — o “dia seguinte” é um bom momento. Para a mistura, dissolva a argila em água filtrada até obter uma pasta cremosa e homogênea. Depois de passar a mistura em toda extensão do couro cabeludo, aguarde de 15 a 20 minutos e remova a argila com água morna. Siga a lavagem como de costume. O truque para facilitar a retirada é não deixar secar. Vale borrifar água ou água termal para ajudar na umidade. Não há contraindicação no uso, apenas na frequência, que deve ser uma aplicação quinzenal. Na hora de comprar sua argila, verifique se ela é esterilizada. Se for orgânica, melhor ainda, pois a argila que está no meio ambiente pode ter microrganismos nocivos à pele, pode estar contaminada com fungos e bactérias.