Entre 2010 e 2019, as emissões globais médias anuais de gases de efeito estufa alcançaram os níveis mais altos da história da humanidade. Estamos em uma corrida contra o tempo. Sem profundas tentativas de reduções de emissões em todos os setores, tentando limitar o aquecimento global a 1,5°C, a meta do Acordo de Paris não será alcançada. Já há quem especule que a temperatura média global aumentará entre 2º e 3º.
Limitar o aquecimento global exigirá grandes transições no setor de energia. Isso envolverá uma redução substancial no uso de combustíveis fósseis, eletrificação generalizada, eficiência energética aprimorada e uso de combustíveis alternativos (como o hidrogênio).
Desde 2010 matrizes energéticas verdes como energia solar , bateria e eólica, apresentaram reduções em seus custos de até 85%, permitindo uma aceleração em energia renovável.
Reduzir as emissões na indústria envolverá o uso de materiais de forma mais eficiente, reutilização e reciclagem de produtos e diminuição do desperdício.
Manutenção das florestas e outros usos da terra podem proporcionar reduções de emissões em larga escala e também remover e armazenar dióxido de carbono em grandes quantidades. No entanto, a terra não pode compensar as emissões passadas e nem as reduções em outros setores.
De acordo com último relatório do Painel Intergovernamental contra Mudanças Climáticas (IPCC), publicado no dia 4 de abril, limitar
o aquecimento a cerca de 1,5°C requer que os gases de efeito estufa atinjam o pico antes de 2025, no mais tardar, e sejam reduzidas em 43% até 2030.Ao mesmo tempo, o metano também precisaria ser reduzido em cerca de um terço. E mesmo assim, seria quase inevitável que não excedamos, temporariamente, a temperatura média do Planeta. Mas esta voltaria a diminuir até o final do século.
As nossas decisões de hoje podem garantir um futuro habitável. Conhecimento e tecnologia para tentarmos limitar o Aquecimento Global nós temos.