Vocês sabiam que os oceanos têm “piscinas de água quente”? E que a maior “piscina” está localizada no Oceano Índico-Pacífico? Mas afinal de contas o que são estas “piscinas” e a sua correlação com o aquecimento global?
Elas são massas de água que apresentam altas temperaturas ao longo de grandes extensões na superfície, servindo como “maquina térmica” do planeta e atuando como o maior sumidouro de energia no nosso sistema climático. Acontece que elas vem dobrando de tamanho ao longo das últimas décadas e aumentando as precipitações no mundo. E tudo isto em razão das atividades humanas.
Em um estudo publicado no dia 21 de junho, na Revista Nature Communications Earth and Environment os pesquisadores concluíram que este aquecimento sistêmico não é em decorrência de mudanças climáticas naturais mas sim, influenciadas pela atividade humana.
Ao longo das últimas décadas o Pacífico conheceu ondas de calor marinhas extremas que causaram impactos ecológicos devastadores com repercussão socioeconômica.
Uma vez que as temperaturas das águas continuem aquecendo, passaremos a ter com maior frequência e intensidades este fenômeno marinho levando todo o ecossistema ao limite.
Entre 2014 e 2015, foi registrado uma forte onda de calor que ficou conhecida por “ Bolha do Oceano Pacífico’, a alta temperatura do oceano levou à proliferação de algas tóxicas, aves marinhas e mamíferos morreram em massa. A última onda de calor registrada, entre 2019 e 2021, aumentou a temperatura da água em 6 graus acima da média.
O estudo apontou também que a temperatura nas “águas de piscina” aumentaram 0,5º por ano nos últimos 25 anos, tendo sido registrado invernos menos frios e verões mais longos. Foram 31 ondas de calor nos últimos 20 anos em comparação com apenas 9 ondas de calor entre 1982 e 1999.
As nossas atividades estão conduzindo o ecossistema marinho para um ponto de inflexão, correndo o risco de não conseguirem mais se recuperarem.