Não é de hoje que sabemos que a poluição do ar é uma das maiores ameaças à saúde humana, o que levou a uma revisão das Diretrizes da Qualidade do Ar em 2021 pela OMS. Contudo, de acordo com última atualização da Organização Mundial da Saúde sobre taxa de mortalidade em decorrência da poluição externa do ar por partículas finas, que é de 2016, aproximadamente 4 milhões de vidas são perdidas por ano. Acontece que em um estudo realizado recentemente no Canadá e publicado agora na Revista Science Advances, concluiu que a morte anual por poluição externa pode chegar a quase 6 milhões de pessoa por ano, sugerindo um adicional de 2 milhões em cima das estimativas da OMS. Os pesquisadores analisaram os dados de saúde e mortalidade de mais de 7 milhões de canadenses de um período de 25 anos.
Estas partículas finas de poluentes são capazes de entrar em nossos pulmões e até mesmo na corrente sanguínea, podendo ter impacto cardiovasculares, respiratórios e em outros órgãos. Em 2013 a Agência Internacional de Pesquisas em Câncer – IARC – que faz parte da Organização Mundial da Saúde, classificou a poluição do ar como sendo cancerígenos. A principal fonte geradora destas partículas é queima de combustíveis fósseis.
Acredita-se que aproximadamente 80% das mortes globais podem ser evitadas se os países alcançarem os valores propostos pela OMS.
Uma melhor compreensão por parte do cidadão de como a poluição global do ar afeta a sua saúde, ajuda a cobrar dos gestores públicos políticas públicas que reduzam os níveis de poluição na atmosfera, de forma a não somente proteger a saúde da população mas também, contribuindo para a mudança climática.