Associação sem fins lucrativos, Tucca, democratiza o acesso a remédios e procedimentos para tratar câncer em crianças e adolescentes
Laura, 6 anos, enfrenta um tumor cerebral desde 2019, passando por cirurgia e quimioterapia. Após uma recidiva em outubro de 2022, ela retomou o tratamento no Hospital Santa Marcelina. O médico Sidnei Epelman, presidente da Tucca, conduz o tratamento com medicina de precisão para crianças com câncer, personalizando remédios e doses. O laboratório da Tucca realiza análises de tumores de crianças no Santa Marcelina e instituições parceiras na América Latina. Um prêmio internacional foi concedido a esse trabalho que enfrenta as desigualdades no acesso a cuidados oncológicos para crianças com câncer.
Essa abordagem aumenta as chances de cura e reduz os efeitos colaterais. No Brasil, o diagnóstico de tumores em crianças triplicou em oito anos, mas muitos casos são descobertos tardiamente. A Tucca financia tratamentos e análises de tumores, superando a falta de recursos. A Tucca investirá o prêmio de US$ 50 mil em um algoritmo de classificação molecular de baixo custo específico para o meduloblastoma, um câncer cerebral infantil. A Tucca tem uma média geral de sobrevida acima da média nacional, 80% contra 64%, e injeta cerca de R$ 12 milhões por ano no serviço de oncologia pediátrica.
Contudo, o acesso a medicamentos de alto custo é um desafio constante, pois muitos deles não estão disponíveis no SUS. A Tucca também financia próteses de titânio para pacientes que passaram por amputações devido a tumores, superando as limitações do SUS. Felipe Schneider, um paciente com osteossarcoma, compartilhou sua experiência positiva com a prótese de titânio e seu desejo de voltar a andar com as duas pernas.