Conhecido como um dos grandes mestres do samba, compositor de “As rosas não falam”
Angenor de Oliveira, mais conhecido pelo seu nome artístico Cartola, foi um renomado compositor, cantor e poeta brasileiro, nascido em 11 de outubro de 1908, no Rio de Janeiro, e faleceu em 30 de novembro de 1980, na mesma cidade. Ele é considerado um dos maiores nomes do samba e da música popular brasileira.
Cartola teve uma infância difícil e enfrentou muitos problemas ao longo de sua vida. Foi expulso de muitas escolas por mau comportamento, só concluindo o curso primário. Abandonou a escola cedo para trabalhar e ajudar a sustentar a família.
Seu apelido se deu devido ao seu trabalho na construção civil, que acabou aprendendo a profissão de pedreiro. Nessa época, usava um chapéu-coco, e assim nasceu o apelido de “Cartola”. Sua entrada na música começou em 1920, quando frequentava as rodas de samba do bairro carioca da Estácio, um importante centro cultural e musical na época.
A carreira musical de Cartola foi marcada por altos e baixos. Ele conseguiu reconhecimento em 1930 como compositor, mas enfrentou problemas financeiros e chegou a ficar afastado do cenário artístico por um período. No entanto, sua obra começou a ser redescoberta nas décadas de 1960 e 1970, quando artistas mais jovens, como Nara Leão e Gilberto Gil, passaram a valorizar seu talento.
Em 1928, fundou a primeira escola de samba do Brasil, a Estação Primeira de Mangueira, ao lado de amigos como Carlos Cachaça. A escola de samba se tornou um ícone da cultura carioca e contribuiu significativamente para a disseminação do samba. Além de ter escolhido o nome, foi Cartola que deu a ideia do verde e rosa para as cores da agremiação.
Cartola lançou seu primeiro álbum solo, “Cartola”, em 1974, aos 66 anos. O disco foi muito bem recebido pela crítica e ajudou a consolidar sua posição como um dos grandes mestres da música brasileira. Algumas de suas canções mais conhecidas incluem “As rosas não falam”, “O mundo é um moinho”, “O sol nascerá” e “Quem me vê sorrindo”.