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Wilson Simonal em seu País Tropical 

Personalidade negra com maior destaque nos anos 1960 e 1970, se igualando apenas a fama de Pelé

Wilson Simonal de Castro foi o maior cantor de seu tempo, e possui uma das trajetórias mais conturbadas da música brasileira. Já foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil como o quarto melhor cantor brasileiro de todos os tempos.

Cantor, compositor e showman brasileiro, Simonal nasceu em 26 de fevereiro de 1939, no Rio de Janeiro. Começou sua carreira musical como cantor em boates cariocas na década de 1950. Mas foi na década de 60 e 70, que fez muito sucesso, levando multidões aos seus shows, apresentando programas de TV e fundando a Simonal Produções, se tornando assim o seu próprio empresário.

Simonal era conhecido por sua voz potente, carisma no palco e pela habilidade de mesclar diferentes estilos musicais, como samba, bossa nova, e música pop internacional. Além da carreira musical, ficou conhecido por seu estilo de vida extravagante e sua presença carismática nos palcos. Ele também se aventurou no cinema, participando de alguns filmes.

Seu álbum de estreia, “A Nova Dimensão do Samba”, foi lançado em 1964, desde então, ele lançou uma série de álbuns de sucesso. Seus maiores sucessos foram “País Tropical”, “Sá Marina”, “Nem Vem que Não Tem”, “Mamãe Passou Açúcar em Mim” e “Tributo a Martin Luther King”.

Mesmo com toda fama e sucesso, em 1970 teve uma reviravolta trágica em sua carreira, teve seu nome associado ao DOPS, envolvimento com órgãos de repressão durante a ditadura militar no Brasil, o que levou a uma grande queda em sua carreira.

O cantor foi acusado de delatar colegas artistas, algo que ele sempre negou. As acusações afetaram profundamente sua reputação, o que acabou refletindo na sua vida, ele enfrentou dificuldades financeiras e pessoais. A partir daí, o cantor caiu no ostracismo, e virou uma figura esquecida da música brasileira. Todos os altos e baixos do músico são expostos em Simonal, filme biográfico do cantor. 

Wilson Simonal tentou retomar sua carreira nos anos 1980, mas não teve o mesmo sucesso. Ele faleceu em 2000, aos 61 anos, deixando um legado musical significativo e um lugar marcante na história da música popular brasileira.

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