Vamos mergulhar na história do primeiro bloco carnavalesco do Brasil.
Tudo começou no Rio de Janeiro, no final do século XIX. A festa de Momo já era celebrada com bailes e desfiles de sociedades, mas foi em 1889 que surgiu o “Cordão da Antônio Pereira”, considerado o primeiro bloco de Carnaval do país. Este grupo de foliões, liderado por Antônio Pereira, saía pelas ruas do bairro de Andaraí, desfilando ao som de instrumentos como pandeiros, flautas e violões.
Os blocos de rua, ou cordões, como eram chamados, representavam uma forma mais democrática de celebrar o Carnaval, em contraste com os bailes de máscaras e os desfiles das grandes sociedades, que eram mais elitizados. Os cordões eram abertos a todos que quisessem participar, e assim, a festa foi ganhando o coração do povo.
Com o passar dos anos, os blocos foram se organizando e se multiplicando. Surgiram então os famosos “corsos”, desfiles de carros abertos que tomavam as principais avenidas da cidade, onde as pessoas jogavam confetes e serpentinas uns nos outros, em uma alegria contagiante.
O primeiro bloco de Carnaval foi o precursor de uma tradição que se espalharia por todo o Brasil, dando origem a uma variedade imensa de blocos, cada um com sua identidade, ritmo e estilo. Hoje, temos desde blocos de samba até maracatu, frevo e axé, refletindo a rica diversidade cultural do nosso país.
O legado do “Cordão da Antônio Pereira” é vivo até hoje nas ruas lotadas de foliões durante o Carnaval. A cada ano, novos blocos surgem, mantendo viva a essência da festa: a celebração coletiva, a liberdade de expressão e a alegria de viver.
O Carnaval de rua é uma manifestação cultural que resiste ao tempo, se reinventa e continua a ser um dos maiores símbolos da cultura popular brasileira. Ao participar dos blocos, estamos não só nos divertindo, mas também honrando uma história que começou há mais de um século e que é um verdadeiro patrimônio do povo brasileiro. Viva o Carnaval de rua e sua história fascinante!