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Lima Barreto um pré-modernista à frente do seu tempo

Foto: Divulgação

Escritor pré-modernista; suas obras de cunho realista levavam um olhar crítico sobre a sociedade brasileira do início do século XX

Afonso Henriques de Lima Barreto, muito conhecido pelos amantes da literatura como Lima Barreto, foi um importante escritor brasileiro da fase Pré-Modernista. Além de escritor, ele foi jornalista e suas obras estão relacionadas com temáticas sociais e nacionalistas.

Nascido em 13 de maio de 1881, em Laranjeiras, Rio de Janeiro. Era descendente de escravos, sentiu na pele a exclusão social devido à sua origem, inclusive nos meios acadêmicos. O escritor foi apadrinhado pelo Visconde de Ouro Preto e, portanto, teve oportunidade de ter uma boa educação.

Recordações do escrivão Isaías Caminha foi seu primeiro livro publicado, em 1909, mas o favorito pela crítica mesmo foi o Triste fim de Policarpo Quaresma (1915). Suas obras são realistas e trazem uma visão crítica da sociedade brasileira.

 O escritor trabalha, com ironia, não só a temática nacionalista, como também discute as diferenças sociais e a questão do preconceito racial. Como ele escreveu em seu Diário íntimo (1953): “A capacidade mental dos negros é discutida a priori e a dos brancos, a posteriori”.

A maioria de suas obras são pautadas na temática social, ressaltando injustiças como preconceito e racismo. Além disso, criticou os modelos políticos da República Velha e do Positivismo. Foi simpatizante do socialismo e do anarquismo, rompendo com o nacionalista ufanista.

No ano de 1905, ingressou no jornalismo com uma série de reportagens que escreveu para o veículo: Correio da Manhã. Em 1907 fundou a revista “Floreal”, que lançou apenas quatro números. Além disso, atuou como escritor em outros jornais tais como, Jornal do Commercio e revistas do Rio, Fon-Fon, Floreal, Careta, ABC, etc.

Além do alcoolismo, enfrentou diversos problemas de saúde em sua vida e foi internado em hospício duas vezes, pois tinha alucinações que o perseguiam. O escritor faleceu no Rio de Janeiro, no dia 01 de novembro de 1922. Viveu apenas 41 anos.

Lima Barreto é dono de uma vasta obra. Escreveu romances, contos, poesias e críticas. De suas obras destacam-se:

Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909)

Triste fim de Policarpo Quaresma (1911)

Numa e ninfa (1915)

Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919)

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