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Alunos da Veiga projetam escola comunitária em Vargem Pequena

Instituto Bandeirantes Já planeja atender 500 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade em nova sede

Desde 2009, o Instituto Bandeirantes Já mudou a realidade de mais de dez mil crianças e adolescentes em vulnerabilidade socioeconômica no Conjunto Habitacional Bandeirantes, na comunidade César Maia, em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
 

Hoje o projeto social atende gratuitamente cerca 120 pessoas, com idades entre oito e 25 anos, com aulas de reforço de português, matemática, literatura, alfabetização, oralidade, ciências da natureza, educação sexual, cidadania e ética, além de capacitação para o mercado de trabalho. Na escola comunitária, os professores são os próprios jovens do bairro, a maior parte ex-alunos que atuam como tutores.
 

A iniciativa idealizada pela empreendedora social e moradora da localidade Débora Vieira, no entanto, tem esbarrado em um obstáculo para a continuidade das atividades: a falta de infraestrutura adequada.
 

Para ajudar a colocar em pé os planos de uma sede própria, o instituto sem fins lucrativos buscou apoio do StudioArq, escritório modelo de arquitetura e urbanismo do campus Barra da Universidade Veiga de Almeida (UVA), para criar o projeto do novo prédio.
 

Um grupo de alunos de graduação de Arquitetura e Urbanismo da Veiga, sob supervisão de docentes, vem trabalhando no projeto de arquitetura para o novo espaço da ONG, que prevê quatro pavimentos para atender a educação infantil, ensino fundamental I e II e capacitação de jovens com cursos profissionalizantes.
 

O objetivo agora é angariar fundos e materiais para construir o imóvel em um terreno na comunidade adquirido por meio de recursos levantados em uma “vaquinha” virtual. Sem apoio público ou privado, a verba que ainda mantém o funcionamento das ações vem de doações e de um brechó.
 

As ações do Bandeirantes Já, que até 2016 aconteciam em um prédio cedido temporariamente pela prefeitura do Rio, são realizadas atualmente em um espaço de 70 m² onde funcionava a loja de processadores de água da fundadora, da qual abriu mão para melhorar a vida de sua comunidade.
 

Com a nova sede, será possível atender cerca de 500 crianças e adolescentes do conjunto habitacional e encerrar a lista de espera existente. Além das aulas no contraturno escolar, o instituto também realiza ações de educação ambiental e oferece serviços de assessoria jurídica, acolhimento e encaminhamento psicológico.

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