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Liderança e Carreira: A falta de lideranças dentro e fora de campo no futebol do Rio 

Faltando poucas rodadas para o final do Campeonato Brasileiro de 2024, pode-se observar como a falta de liderança nos quatro grandes times do Rio de Janeiro influencia negativamente no desempenho das equipes durante este ano. Com exceção do Botafogo, que segue na ponta do Brasileirão e pega o Peñarol nas semifinais da Libertadores, Vasco, Flamengo e Fluminense seguem decepcionando suas torcidas, cada um ao seu modo.  

Parece repetitivo, mas como os dirigentes cariocas insistem nos erros, cabe destacar para os torcedores os motivos para campanhas tão medíocres. No caso do Fluminense, com riscos graves de rebaixamento para a série B. 

Responsabilidade: Times como Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco possuem histórias ricas e milhões de torcedores apaixonados. Mas a ausência de líderes fortes dentro e fora de campo dificulta a construção de uma identidade clara e a coesão entre os jogadores. Se em outros tempos esses times tinham jogadores como Júnior, Edinho, Nilton Santos e Roberto Dinamite ostentando a braçadeira de capitão, hoje essa função é exercida por qualquer atleta, mesmo sem ter as características necessárias. Isso vale para os dirigentes, com amadores e oportunistas comandando instituições tão importantes. 

Falta de gestão: A pressão em clubes cariocas é intensa, especialmente em momentos de crise, como derrotas consecutivas ou eliminações em competições. Basta ver o que aconteceu recentemente com o ex-técnico da seleção brasileira, Tite, que foi demitido após o Flamengo ser eliminado pelo Peñarol na Copa Libertadores. Um time frágil, apático e desconcentrado não conseguiu seguir adiante, mesmo com um elenco milionário. A falta de líderes em campo para ajudar a manter a calma era nítida.

Transição de jogadores: Este ano, vimos com frequência o problema uma rotatividade alta de jogadores fundamentais, como os meios de campo André e Alexsandro, do Fluminense. Sem líderes estabelecidos à altura, foi difícil integrar novos atletas e manter um ambiente saudável. Vale lembrar que com a venda desses jogadores, o Tricolor perdeu suas melhores armas no meio de campo e, não por acaso, amargou uma sequência terrível de resultados, culminando com a demissão do técnico campeão da Libertadores, Fernando Diniz. 

Baixo desempenho: Jogos importantes, como finais ou clássicos, exigem liderança para manter o foco e a motivação. A falta de uma voz forte pode resultar em desempenho abaixo do esperado. Para muitos, a queda inexplicável do Botafogo no campeonato do ano passado foi por causa da falta de uma liderança em campo para retomar o rumo e o caminho das vitórias.

Com nove rodadas faltando para acabar o campeonato deste ano, fica difícil mudar muita coisa. Mas a lição para o ano que vem é que sem alterar esses fatores, os times cariocas enfrentarão novamente dificuldades nas competições, mesmo tendo elencos talentosos e muito dinheiro no caixa, como é o caso do Flamengo.

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