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A economia do mundo nas mãos dos médicos 

O impacto da pandemia causada pelo covid-19, o coronavírus, que teve início em dezembro do ano passado na China, tem causado perdas significativas em vários setores na atividade econômica: desde empresas aéreas e de turismo, indústrias e fábricas até taxas de câmbios, commodities e bolsas de valores. Sendo a China responsável por um terço das manufaturas do mundo e a primeira em exportações de bens de consumo, pode-se imaginar que a paralisação de algumas de suas fábricas, como medida de contenção da doença, provoca taxas de crescimento mais baixas da economia global e consequente diminuição do PIB.

No entanto, há o outro lado da questão a ser considerado. Ocorre junto a isso a queda da densidade de dióxido de nitrogênio lançado na atmosfera e a diminuição do consumo talvez desenfreado de bens de consumo. Não quero dizer com isso que a tal epidemia seja um mal necessário, mas parece certo dizer que toda e qualquer situação de calamidade, por que passa a humanidade, constitui uma oportunidade, ainda que sofrida, de rever certos valores e curar certos desequilíbrios, os quais têm se tornado crônico no corpo orgânico de nosso planeta.

Para além de tais considerações, é interessante notar o fato, talvez irônico, de que não existe no mundo líder político poderoso ou grande conglomerado financeiro ou moeda de câmbio forte que possa salvar a economia de um possível colapso senão os profissionais da saúde. Diante disso somente nos resta uma pergunta: por que então investimos tão pouco em saúde e educação?

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