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Mantendo distância social da covid-19 e do AI-5

Foto: Reprodução

Os perigos parecem estar em toda parte nos tempos atuais. Enquanto o novo coronavírus estabelece o terror na saúde pública mundial, o surgimento de forças políticas ultraconservadoras apresenta-se uma ameaça para os regimes democráticos institucionalizados em diversos países. Na pauta do governo brasileiro, no entanto, a ameaça nos dois casos parece carecer de qualquer realidade. E é conveniente que assim o seja.

O mercado legal de comida viva em Wuhan, China, foi o começo da contaminação e de muitas mortes por um vírus que passa entre espécies até chegar ao ser humano. A questão de manter interesses econômicos de mercado em detrimento das questões do bem-estar da população não é novidade. Em termos gerais de visão macroeconômica, o mercado, nos países capitalistas, tem como constante moldar o Estado em vista de seus objetivos. Este cenário, comum do neoliberalismo, vem se firmando cada vez mais no Brasil desde 2016.

Sem entrar em pormenores de política econômica neoliberal, faz-se forçoso observar que, nesse caso em particular, mercado e contaminação viral coincidem em determinado ponto: um movimento insidioso que vem enfraquecendo a atuação e responsabilidade do Estado em questões sociais em favor de um mercado mais forte mesmo que tal medida custe vidas humanas. Sua ação é traiçoeira e velada de maneira tal que mine de dentro e de forma “legal” e “institucionalizada” nossa estrutura democrática. Ninguém vê: é uma força invisível como o vírus. E assim, sem que percebamos, ela vai morrendo e com ela seus cidadãos.

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