Antes de dormir, li para ele o sermão da Flor, um dos mais simples e belos ‘discursos’ do Buda Gautama. Foi a primeira vez que ele leu a palavra “ZEN” que estava na capa de um livro do mestre Osho.
– Filho, então o Buda estava com a flor nas mãos e seus alunos estavam em volta. Ele mostrou a flor e cada aluno, ou discípulo, disse o que achava da flor : um disse que ela era bonita, outro que era perfumada, outro que era colorida… Mas havia um, chamado Mahakashyapa, que não disse nada. Ele apenas sorriu. Sabe o que Buda fez? – perguntei. Neste momento, Thomás sorriu também… E continuei – Sim, filho, muito bem, ele sorriu para aquele seu aluno. E deu a flor para ele, porque ele foi o único que entendeu o que o Buda quis dizer. Isto é o Zen.
Ele gostou muito da história. Pareceu agradecido. Disse que me amava muito, me abraçou, murmurou a palavra Zen algumas vezes. Ainda estava um pouco agitado. Pedi a ele para que fizéssemos uma troca de silêncios. Ele concordou. E dormiu.