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Avanços em favor do meio ambiente e do clima em 2023 traduz esperança na luta contra crise climática

Acordo para fim do carbono, assinatura do Tratado do Alto-Mar, desmatamento desacelerado na Amazônia são algumas das conquistas desse ano em prol da natureza

Considerado o ano mais quente pela Organização das Nações Unidas (ONU), 2023 atingiu o ápice das temperaturas em diversas regiões do planeta. A crise climática pode gerar inquietação diante da situação, no entanto, é fundamental destacar que algumas significativas realizações em favor do meio ambiente e do clima foram concretizadas durante esse período, merecendo ser lembradas.

Durante a COP 28, por exemplo, mais de 200 países reunidos na cúpula climática da ONU se comprometeram em um acordo histórico em fazer a transição com redução gradual dos combustíveis fósseis. O objetivo é alcançar a neutralidade do carbono até 2050. Além disso, o fundo para perdas e danos causados ​​pelas alterações climáticas, que estimula países desenvolvidos a contribuir anualmente com US$ 100 bilhões, está quase sendo atingido. A estimativa é de que em 2024, a meta seja alcançada.

Quanto às energias limpas e renováveis, os Estados Unidos ganharam destaque com a Lei de Redução da Inflação, aprovada em 2022. Os resultados estão sendo vistos agora. Nos últimos meses, o setor privado anunciou mais de US$ 110 bilhões (cerca de 543 bilhões de reais) em novos investimentos na produção de energia limpa, incluindo mais de US$ 70 bilhões (346 bilhões de reais) para a produção de veículos elétricos.

Depois de décadas de negociações, os países firmaram um acordo para proteger os oceanos do mundo além das fronteiras nacionais. Até agora, apenas 1% destas águas haviam sido protegidas. Com o Tratado do Alto-Mar, essas águas não poderão ser exploradas de forma comercial, apenas para fins científicos. O acordo representa um passo crucial para cumprir o objetivo de proteger 30% dos oceanos do mundo até 2030.

A poluição, por sua vez, tem afetado os mares e oceanos. Portanto, os ambientalistas têm levado estas questões para os tribunais. No início de 2023, a Danone foi processada na Justiça francesa por ambientalistas em razão do suposto uso excessivo de plástico. Já nos EUA, o Estado de Nova York está processando a PepsiCo por poluição plástica que contamina a água e prejudica a vida selvagem no Rio Buffalo.

No Brasil, as boas notícias vieram das florestas. Após comprometimento do novo governo em reduzir desmatamento até 2030 e adotar medidas contra atividades ilegais na Amazônia, o desmatamento desacelerou. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a área total de desmatamento caiu 22,3% entre os meses de agosto de 2022 a julho de 2023, sendo calculada em 9.001 quilômetros quadrados. No mesmo período anterior, a área perdida foi de 11.594 quilômetros quadrados.

Além disso, após cinco anos sem novos processos, o governo anunciou a demarcação de oito terras indígenas no ano passado, preservando culturas e crenças das etnias locais. Os progressos em diversas frentes, portanto, inspiram uma sensação de esperança e otimismo, com o objetivo de tornar 2024 um ano mais viável para lidar com a iminente crise climática.

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