A proposta no desenvolvimento de motores a jato com propulsão a plasma de aeronaves elétricas está acelerada. Usando o ar como combustível, o estudo é promissor na esperança de um futuro melhor para as viagens áreas, embora ainda existam questões ambientais e limitações de peso para serem solucionadas.
Os motores a jato tradicionais criam empuxo ao mesclar ar comprimido com combustível. A mistura, ao queimar, expande rapidamente e é expelida violentamente pelo duto de descarga, impulsionando a aeronave para frente. O Instituto de Tecnologia Technion-Israel já estuda há anos os motores a plasma, que usam a energia elétrica para gerar campos eletromagnéticos, como um micro-ondas, que comprimem e provocam a transformação de um gás como o argônio em um plasma. Portanto, estes motores utilizam apenas o ar e a energia elétrica, em lugar de combustível fóssil.
Essas tecnologias já são usadas ativamente em naves espaciais, onde a eletricidade produzida nos painéis solares dos satélites é abundante no espaço. A questão é que esses motores espaciais não são adequados para operar na atmosfera devido à presença de xenônio, que é ineficiente para esse fim.
Uma nova descoberta de cientistas do Instituto de Ciências Técnicas da Universidade Chinesa sugere uma possível inovação. A proposta é baseada na ionização do ar que, sob pressão, fornecido por um compressor, passa por um tubo de quartzo, cuja saída pode ser considerada um bico convencional com uma descarga violenta conforme um motor a jato.
De acordo com medições do protótipo de laboratório, um motor de plasma de micro-ondas com reatividade a ar é de, aproximadamente, 28 N/kW, que corresponde a um impulso, podendo chegara 8500 N de empuxo. Para comparação, um avião elétrico convencional movido a hélice da Airbus E-Fan usa dois acionamentos elétricos convencionais que, juntos, produzem 1.500 N de empuxo.
Obviamente, os cientistas ainda precisam melhorar o protótipo do motor a jato. No entanto, este estudo deixa perguntas e promessas de um futuro inovador na aviação quanto à eficiência, custo reduzido, conjunto da aeronave mais leve e, em especial, ao meio ambiente terrestre.