Megaoperação passa de 130 mortes, sendo apenas 58 confirmadas oficialmente pelo Governo do Rio de Janeiro.
A megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro, considerada a mais letal da história do estado, já deixou mais de 130 mortos embora o governo fluminense confirme oficialmente apenas 58 óbitos até o momento.
Entre as vítimas está um baiano identificado como Júlio Souza Silva, de 26 anos, natural de Salvador. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Júlio já havia sido preso por tráfico de drogas e cumpria pena em regime semiaberto.
De acordo com a TV Bahia, um dos fuzis apreendidos na operação estava em posse de Júlio e trazia, em sua alça, o emblema da bandeira da Bahia.
Inicialmente, circulou a informação de que dois baianos teriam morrido em confronto, mas o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, confirmou posteriormente apenas uma morte.
Além disso, 16 baianos estão entre os presos. Segundo Werner, equipes da Bahia seguem em contato com as forças de segurança do Rio “para identificar e qualificar alguns dos criminosos detidos”.
Entre os baianos presos, estão:
Marlon Niza Júnior, foragido e com mandado de prisão pela morte de um casal em 2021, após uma discussão em um bar em Canavieiras, no sul da Bahia;
Rauflan Santos Costa, também procurado por tráfico de drogas.
Os dois foram localizados em uma casa invadida na Vila Cruzeiro, Zona Norte do Rio.
A operação
A ação, que contou com 2.500 agentes, faz parte da Operação Contenção, criada para combater o avanço do Comando Vermelho (CV) em territórios fluminenses. Desta vez, as forças de segurança atuaram nos complexos do Alemão e da Penha, áreas dominadas pela facção e que abrigariam chefes do CV do Rio e de outros estados.
O governo informou inicialmente 64 mortes, incluindo quatro policiais, mas o número foi reduzido a 58 no balanço oficial divulgado nesta quarta-feira (29), sem explicações sobre a divergência.
Durante a madrugada, moradores do Complexo da Penha levaram ao menos 72 corpos até a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais vias da região. Ainda não há confirmação se esses corpos estão incluídos na contagem oficial.
O secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou que esses números não constam no balanço do governo.
Balanço parcial:
54 suspeitos mortos em confronto;
Nove agentes de segurança baleados, com quatro mortos (dois policiais civis e dois militares);
Três civis feridos, entre eles um homem em situação de rua e uma mulher atingida por bala perdida;
Mais de 80 presos até o momento.



