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Bolsonaro nomeia Pazuello para Secretaria de Assuntos Estratégicos

Sofrendo pressão do exército e envolvido em averiguações na CPI da Pandemia, o ex-ministro da Saúde, o general na ativa Eduardo Pazuello, foi nomeado na última terça-feira (1), para o cargo de  Secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), órgão que é vinculado à Presidência. O nome de Pazuello apareceu no Diário Oficial no dia da confirmação da nomeação.

Atualmente, a SAE é comandada pelo almirante Flávio Rocha.  A nomeação foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Segundo consta no diário, Pazuello deverá receber um salário de R$ 16.944,90 para exercer a função, já que é cargo de confiança. Além disso, como ele está na ativa como general, ainda terá o complemento de renda da função que exerce no exército brasileiro.

Na época em que foi confirmada a saída de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde – demitido por Jair Bolsonaro – o general já havia recebido a sinalização de que poderia assumir outro cargo de confiança no Governo Federal. Contudo, houve resistência na câmara e no senado e Pazuello acabou seguindo no exército, sendo transferido de Manaus para Brasília. 

No último mês, foi oferecida ao militar a Secretaria Especial de Modernização do Estado, ligada à Secretaria-Geral da Presidência, que foi negado por Pazuello, por não achar que seria um bom cargo naquele momento. Ele já foi ouvido na CPi e descartou qualquer negligência do governo e do Ministério em relação a crise instaurada pela pandemia da Covid-19.

Depois dos depoimentos, Pazuello foi visto na “motociata” realizada pelo presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Na ocasião, o ex-ministro subiu ao palanque e discursou ao lado de Bolsonaro, o que motivou a abertura de um procedimento disciplinar no Exército, já que militares da ativa são proibidos de se manifestarem politicamente em público. A defesa apresentou a tese que não teve ato político na situação, confirmado pelo próprio presidente. Pazuello ainda será julgado pelo exército e a decisão está nas mãos do comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira sobre a punição.

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