Judoca Flávio Canto investe no esporte como ferramenta social desde 2003
O esporte tem muitas funções, que vão desde trazer saúde e bem estar, até elevar a autoestima e manter o corpo e a mente em equilíbrio. Mas, entre tantos benefícios, existe algo primordial: o combate à desigualdade social, que muda não somente a vida de quem pratica, mas de toda a família. Muitos atletas entendem essa importância e criam projetos sociais. Entre eles,o judoca e medalhista olímpico Flavio Canto. Junto com o técnico Geraldo Bernardes e amigos, ele fundou o Instituto Reação, em 2003.
Utilizando o judô e a educação como pontos de partida, o Instituto Reação tem como objetivo promover a integração social e o desenvolvimento humano de crianças, jovens e adolescentes de vários estados e regiões do país.Com 2.000 alunos assistidos, o projeto criado por Canto, além de buscar minimizar a desigualdade e gerar novas oportunidades, também é o responsável por importantes nomes do judô nacional, como a campeã olímpica Rafaela Silva.
Hoje, além da missão no Reação, que esse ano completa 21 anos de fundação, o judoca é conselheiro da Prio e um dos fundadores da Cicclo, uma startup de programas de educação pelo esporte, presente em mais de cinquenta escolas. O Instituto Reação tem o esporte como ferramenta educacional e de transformação social , formando faixas-pretas dentro e fora do tatame. Seu objetivo é acompanhar crianças a partir dos quatro anos até o seu primeiro emprego e tem como fundamento ensinar a cair e a levantar como aprendizados constantes, utilizando três preceitos: construir, conquistar e compartilhar. O Reação conta com 12 polos distribuídos em cinco estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Cuiabá, Rio Grande do Norte e Minas Gerais, beneficiando cerca de 4000 crianças e jovens. A maior meta é um futuro que não seja definido pela origem. Onde todos possam descobrir e desenvolver seu potencial.
A trajetória de Flávio Canto começou no judô aos 13 anos, após ver o ouro de Aurélio Miguel em Seul 1988. Flávio começou a se destacar na seleção e em 1995 conquistou a medalha de bronze no Pan-americano de Mar del Plata. No ano seguinte conquistou a 7ª colocação nas olimpíadas de Atlanta e em 1999 foi prata no Pan-americano de Winnipeg, no Canadá. Ele representou o Brasil no Pan-americano de Santo Domingo, onde foi campeão, e nas olimpíadas de Atenas, em 2004, na categoria meio-médio. Nos anos seguintes Flávio conseguiu maior notoriedade e foi considerado um dos melhores e mais respeitados atletas brasileiros, sendo eleito pelo COB o melhor atleta de judô em 2004.