Foi o primeiro homem de propaganda no Brasil a contratar grandes astros internacionais

Roberto Medina nasceu em agosto de 1947, no Rio de Janeiro, Brasil. Empresário de comunicação, hoje é Presidente da Rock World, empresa responsável pela realização do Rock in Rio não só no Brasil mas também na Europa e agora também nos Estados Unidos, além de membro do Grupo Artplan, uma holding de empresas das quais fazem parte. Em 1972 Medina adquiriu o controle acionário da Artplan Publicidade e em apenas cinco anos transformou a agência em uma das maiores do País. Como filosofia, a busca permanente do novo, a determinação em superar desafios e a visão da comunicação como um conjunto de ações que constroem marcas fortes.

Roberto foi o primeiro homem de propaganda no Brasil a contratar grandes astros internacionais para participar de comerciais de televisão, como David Niven em 1976, Frank Sinatra em 1977 e Burt Bacharach em 1978, para uma marca de whisky. Graças à sua iniciativa, o Brasil passou a integrar o circuito do show business internacional. Em 1980, ele trouxe Frank Sinatra para um show histórico no Maracanã, que entrou para o Guinness Book of Records como o maior público pagante para um único cantor, com 144 mil espectadores.

Em 1985, ao receber o desafio de um cliente para rejuvenescer uma marca de cerveja e lançar um novo produto voltado para o público jovem, Medina foi além de uma campanha convencional: ele desenvolveu uma extraordinária plataforma de comunicação.

Em sua primeira edição o Rock in Rio reuniu 1 milhão e 380 mil pessoas em 10 dias de música. Isto num país ainda fora da rota dos grandes shows internacionais. Em uma Cidade do Rock com 250 mil m2, especialmente construída para o evento, o Brasil viu pela primeira vez 28 bandas do porte de Queen, AC/DC, Iron Maiden, James Taylor, Ozzy Osbourne e Rod Stewart entre tantas outras, se apresentarem num palco com 5.600 m2, 80m de boca de cena e 3 palcos móveis.

Em vez de uma campanha previsível, Medina promoveu uma fantástica experiência de marca e a maior experimentação possível para o lançamento de um produto – 1.600.000 litros de bebidas em 4 milhões de copos.

Nesta edição, Roberto promoveu um movimento de comunicação inédito: 3.522 emissoras de rádio e TV no país fizeram 3 minutos de silêncio Por um Mundo Melhor atingindo 92 milhões de brasileiros. Enquanto isso, o festival gerava recursos para montar 70 salas de aula em comunidades de baixa renda onde 3.200 jovens puderam concluir seus estudos. Desde então, o Rock in Rio Por Um Mundo Melhor já investiu mais de R$ 37 milhões em projetos socioambientais.

Depois de 3 edições no Brasil – 1985, 1991 e 2001 – Medina internacionalizou a marca Rock in Rio e levou o maior festival de música do mundo para a Europa em 2004 e para a América do Norte em 2015 (Las Vegas).