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Carnaval de luto: morre Quinho do Salgueiro

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Quinho foi intérprete de vários sambas-enredo do Salgueiro, incluindo ‘Peguei um ita no Norte’, em 1993. Ele tinha 66 anos e lutava contra um câncer. 

Melquisedeque Marins Marques, mais conhecido como “Quinho do Salgueiro”, famoso intérprete do carnaval carioca, morreu aos 66 anos nesta quarta-feira (3).

Quinho foi uma das maiores vozes do carnaval do Rio de Janeiro e deu vida a grandes sambas-enredo do Salgueiro. Ele estava internado no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador. A causa da morte foi insuficiência respiratória. 

Quinho estava afastado do carnaval. Desde 2022 ele lutava contra um câncer de próstata. Ainda assim, o nome dele foi lembrado durante o último desfile pelo carro de som, que foi batizado como “Quinho do Salgueiro”.

“Quinho não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência da nossa escola”, publicou o Salgueiro em uma rede social após a morte do intérprete.

A jornada de Quinho no mundo do Carnaval começou no bloco Boi da Freguesia, sendo chamado para compor o carro de som de Aroldo Melodia na União da Ilha do Governador, em 1988, onde ficou até 1990.

Em 1991 foi para o Salgueiro, ganhou o Brasil dois anos depois, quando em 1993 junto da vermelho e branco da Tijuca, encantou com “Peguei um ita no Norte”. No ano seguinte, voltou para a União da Ilha.

Ao longo da carreira, passou por outras escolas do Rio como São Clemente, Acadêmicos do Grande Rio, Império da Tijuca e Acadêmicos de Santa Cruz, também defendeu agremiações de São Paulo, como a Rosas de Ouro, e de Porto Alegre, como a Vila do IAPI.

Mas foi com o Salgueiro que sua ligação foi mais forte. Em 2009, interpretou “Tambor”, com o qual levou a escola a seu nono e último título.

Quinho deixou a Academia do Samba por de divergências com a diretoria, que até então presidia a escola, passou um tempo afastado e tentou se candidatar à presidência do Salgueiro. Mas teve sua candidatura impugnada.

Em 2019, após o presidente André Vaz assumir a agremiação tijucana, Quinho retornou ao Salgueiro, quando passou a dividir o carro de som com Emerson Dias.

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