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Cisne verde e crise climática

Nassim Nicholas Taleb, estatístico libanês-americano, investidor e professor da Universidade de Nova Iorque, é o autor do livro “A lógica do Cisne Negro”, que aborda eventos extremos atípicos e inesperados de grande impacto na economia e, que, depois de ocorrido a sociedade tenta torna-lo mais previsível do que realmente era. Segundo o autor, “uma pessoa deve ter a consciência e aceitar que estes eventos, uma hora ou outra, acontecerão”.

Mas afinal, o que a “Teoria do Cisne Preto” tem a ver com o meio ambiente? Em 2020 por conta dos acontecimentos climáticos, o Banco Internacional de Investimento publicou um estudo intitulado “ Cisne Verde” em referência à Teoria do Cisne Negro.

Neste estudo, quatro economistas, sendo um brasileiro, relacionaram pela primeira vez questões climáticas como geradoras de uma crise financeira mundial, sendo um desafio futuro para a economia global. Existe risco de estabilidade financeira já  que os mercados estão conectados com os eventos climáticos. A ideia é justamente tentar se antecipar a estes cenários.

Problemas ambientais causadas por mudança climática já é uma realidade e vem causando enormes prejuízos às seguradoras, por exemplo, que estão tendo que pagar milhares de dólares em indenizações. Bancos que financiam a produção agrícola estão tendo dificuldades de receber já que as safras estão sendo perdias por conta de eventos climáticos. Sem  produção, o produtor não vende e, consequentemente, não o empréstimo. O risco de “quebradeira” dos bancos é grande.

Os desdobramentos causados por impactos climáticos estão relacionados ao efeito cascata da economia e aos seus riscos. A ideia do “Cisne Verde” é aprender com os acontecimentos e nos preparamos de maneira a diminuir o impacto climático no sistema macroeconômico.

O Cisne Verde representa assim, uma transformação no mercado que precisa repensar o seu modelo de negócio, já que as suas ações também contribuem para a mudança climática.

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