Claudio Castro tomou posse neste sábado (1º) como governador do Rio de Janeiro, após o impeachment de Wilson Witzel, afastado definitivamente do posto por crime de responsabilidade e corrupção envolvendo compra de equipamentos e celebração de contratos irregulares durante a pandemia da Covid-19.
Castro, que era vice de Witzel, foi empossado na Assembleia Legislativa (Alerj) e, depois, fez pronunciamento no Palácio Guanabara. “Vou trabalhar especialmente para quem mais precisa, para quem tem mais urgência, para os mais vulneráveis”, destacou.
Ele também se solidarizou com as cerca de 44 mil vítimas da Covid-19 no estado e enfatizou que o enfrentamento à pandemia seguirá como prioridade durante a gestão.
“É meu compromisso criar ou intensificar políticas públicas para alcançar aquele que tem sofrido os impactos mais duros deixados pela pandemia da Covid-19. Seja pela perda de um parente, e aqui me solidarizo com as mais de 44 mil famílias fluminenses que se despediram de alguém especial; seja pela perda do emprego por conta da crise econômica; ou para quem se sente sem apoio para recomeçar. É para essa população que, prioritariamente, vou trabalhar cada dia dos próximos 20 meses”, afirmou.
Na cerimônia, Castro destacou que o leilão de concessão dos serviços da Cedae, realizado na sexta-feira (30), será um dos principais pontos da virada do Rio de Janeiro nos aspectos econômicos e sociais.
“Começamos ontem (sexta) uma nova era no Estado do Rio, com a concessão dos serviços da Cedae, projeto que vai beneficiar mais de 8,5 milhões de pessoas, levando água para milhares e tratando esgoto. Coisas tão básicas, mas que só agora se tornam esperança para parte significativa da nossa população de 17 milhões de pessoas. E é para essa gente que mais precisa e que há muitos anos não recebe um olhar de apoio que vou governar. Para aquele que precisa em qualquer um dos 92 municípios do Rio”, disse.
O governador afirmou que focará no desenvolvimento social com a criação e o fortalecimento de políticas públicas de amparo à população mais vulnerável e que, na área de educação, o compromisso é, durante os meses de pandemia, oferecer ainda mais mecanismos para que o ensino híbrido (presencial e virtual) seja consolidado em todo o estado.
Em sua fala, Castro também citou a redução das taxas de criminalidade no estado nos últimos dias – em março, o homicídio caiu 16% -, e concluiu o pronunciamento afirmando que, nos próximos 20 meses, irá criar mecanismos para a abertura de mais postos de trabalho.
“Hoje, tomo posse como governador do Estado do Rio de Janeiro e considero que não é uma coincidência ser no Dia do Trabalhador. Se tem algo em que acredito é na força do trabalho”, finalizou.