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Confiança do consumidor brasileiro cai em fevereiro, aponta FGV

Foto: Shutterstock

Resultado foi puxado pelo quesito de perspectivas para as finanças familiares futuras, com recuo de 8,5 pontos

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) divulgou na última sexta-feira (23) que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) chegou ao patamar mais baixo, em 9 meses. O indicador apresentou queda de 1,1 ponto em fevereiro, chegando a 89,7 pontos, menor nível desde maio de 2023, quando registrou 89,5.

O resultado foi influenciado pela piora das perspectivas para os próximos meses, com forte redução do indicador sobre a situação financeira futura das famílias e da economia. Os juros ainda seguem em alta, com a Selic fixada atualmente em 11,25%, após cinco cortes consecutivos. 

No entanto, a taxa permanece acima do esperado, reduzindo as expectativas da população. “Apesar da queda gradual dos juros e do nível de endividamento, ambos permanecem elevados e exercendo fortes limitações na situação financeira das famílias, refletida na percepção pessimista dos consumidores”, afirma Anna Carolina, economista da FGV Ibre, no documento divulgado pela instituição.

A abertura da pesquisa por faixas de renda indicou piora da confiança nos quatro grupos analisados. Nas famílias com renda até R$ 2.100, o índice caiu de 83,6 pontos para 80,5 pontos. Já famílias com renda entre R$ 2.100,01 até R$ 4.800, apresentaram recuo de 3,3 pontos na confiança, indo de 90,0 pontos para 86,7 pontos.

O índice também diminuiu de 93,2 para 92,1 pontos nas famílias que ganham entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600, e reduziu de 98,3 para 96,8 pontos entre aqueles com renda superior a R$ 9.600,01.

O parâmetro mais significativo para a queda do ICC em fevereiro foi perspectivas para as finanças familiares futuras. Observou-se uma diminuição de 8,5 pontos, para 93,2 pontos, nível mais baixo desde novembro de 2022, que naquele ano registrou 93,2 pontos.

O recuo também foi identificado no indicador que mede as perspectivas sobre a situação futura da economia, reduzindo 5,4 pontos, para 105,8 pontos. Por sua vez, o ímpeto de compras de bens duráveis chamou atenção como único resultado positivo no mês subindo 7,2 pontos, para 95,0 pontos.

Quanto aos índices que examinam o momento atual, o indicador que quantifica a satisfação sobre o cenário econômico diminuiu 1,5 ponto, alcançando 89,7 pontos. Por outro lado, a visão dos consumidores a respeito da condição financeira familiar subiu 3,5 pontos, atingindo 67,9 pontos, depois de ter registrado duas quedas consecutivas de 9,2 pontos.

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