A saúde mental no trabalho é um tema que se tornou essencial nas discussões do mundo corporativo. Os milhares de casos registrados em todo o mundo tem acendido o alerta sobre a importância de medidas em relação a este aspecto, que pode afetar diretamente o desempenho dos profissionais envolvidos nas empresas, provocando afastamentos da jornada laboral, o desencadeamento de problemas emocionais e a dependência de recursos como medicamentos e terapias para contornar o problema.
Uma pesquisa internacional realizada em 2023 nos Estados Unidos pela empresa de consultoria Deloitte indica que 77% dos funcionários relataram esgotamento no emprego atual e, para 91%, sentimentos de estresse e frustração têm um impacto negativo na qualidade das suas entregas.
Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Brasil, em 2022, 209.124 mil pessoas foram afastadas do trabalho por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer, enquanto em 2021 foram registrados 200.244 afastamentos.
Ainda em 2023, um estudo da Conexa, ecossistema digital de saúde, realizado com gestores e profissionais de recursos humanos de 767 empresas do país, constatou que a saúde mental do brasileiro no ambiente do trabalho não está em seu melhor momento. Das 1.589 pessoas que responderam perguntas elaboradas pela startup, 87% afirmaram ter ocorrido afastamento em sua corporação por causa de doenças que afetam a mente do colaborador.
A ansiedade (com 51%) é o transtorno, de acordo com os pesquisados, que mais afasta as pessoas do trabalho, seguido por depressão (17%), estresse (16%) e síndrome de Burnout (14%).
Assim sendo, é fundamental promover discussões acerca da saúde mental não apenas durante o mês de janeiro, que marca a realização da campanha Janeiro Branco, mas ao longo de todos os meses do ano. A reflexão contínua sobre esse tema contribui significativamente para a conscientização, desmistificação e adoção de práticas que favoreçam o bem-estar emocional em nossa sociedade.