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Deleite Linguístico: Dia dos Namorados

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Está chegando um dos dias mais aguardados pelos casais: o Dia dos Namorados! “Que maravilha!”, dirão muitos. Nem todos, todavia, podem assim declarar, já que vivem sós à espera de uma ajudinha de Santo Antônio, que acaba sofrendo “torturas” das mulheres que pretendem conseguir um namorado! Para quem não sabe, a simpatia consiste em mergulhar uma pequena imagem do Santo em um copo com água e fazer o pedido por um namorado. O pobre do Santo permanecerá desse jeito até o pedido ser realizado! Coitado! Nem ouso perguntar “E se não aparecer o amado?” Isso é lá com Santo Antônio!

Brincadeiras à parte, vivemos tempos em que o amor anda escasso… Quiçá é encontrado, uma vez que aparentemente muitas pessoas desistiram de relacionar-se. Para os que preferem maior celeridade na busca pela “alma gêmea” há diversos aplicativos de relacionamento que mais parecem “Menu” de restaurante. Concordam, meus Caros Leitores? A sensação que se experimenta é de uma oferta de cardápios dos mais variados tipos e gostos. Quem já teve acesso a um “Santo Antônio cibernético” sabe que normalmente o pretendente nada quer, apenas passar o tempo ou ter uma relação fugaz. Há pouco tempo, descobri uma nova palavra que remete a essa efemeridade do “amor”. “Agamia” é o novo verbete! Segundo notícia publicada no Jornal da USP, “essa palavra vem do grego: ‘a’ (não ou sem) e ‘gamos’ (união íntima ou casamento) e tem como base a falta de interesse de um indivíduo em firmar um relacionamento romântico com outra pessoa, o que passa também pela intenção de os casais não desejam filhos.”. A matéria afirma que essa nova forma de relacionamento vem crescendo entre os jovens, contudo ouso dizer que muitos homens de mais de cinquenta anos aderiram a ela. Que triste! 

Por sorte, adoro os grandes artistas cujas obras retratam cenas de AMOR, o combustível da vida! Quem nunca se emocionou ao ver a escultura do veneziano Antonio Canova, intitulada “Eros e Psiquê”? Que história emocionante esse escultor neoclássico europeu retrata! Afinal, a belíssima Psique (cuja beleza incomodava a deusa Afrodite) deveria ser flechada pelo Cupido (Eros), de forma que a jovem se apaixonasse pelo ser mais horrendo da Terra. Afrodite, mãe de Eros, não contava com o fato de seu filho apaixonar-se por Psiquê, sentimento que o fez descumprir a ordem da mãe. Para alegria dos que amam e dos que veem o amor como uma dádiva de Deus, o desfecho mais almejado foi atingido. Zeus deu permissão para que Eros e Psiquê vivessem felizes para sempre no Monte Olimpo!

Remeto-me, ademais, ao final do século XIX (meu período favorito) em que surge, pelas mãos do austríaco Gustav Klimt, a obra intitulada “O Beijo”, capaz de reproduzir a intimidade de um casal, não revelada pelos lençois… Quanto simbolismo em uma pintura! Quanto erotismo!

Diante de tamanho desejo pela supremacia do AMOR, desejo que Eros seja certeiro e fleche os corações dos que vivem em busca da experiência mais sublime que é AMAR! (Espero que uma flecha me alcance! Sonhar não custa nada, Meus Caros!)

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