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Deleite Linguístico: O que faz falta a você?

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A vida, sem aviso prévio, sacode-nos com notícias que nos deixam atônitos e reflexivos. Não é mesmo, meus Caros Leitores? Falo do acidente aéreo cujo resultado ceifou a vida de sessenta e duas pessoas que não tiveram qualquer chance de escapar do encontro com aquela de quem todos fogem ou sequer querem dela falar. Sim, a morte, a única certeza de que temos, já que teremos de enfrentá-la em nosso derradeiro momento existencial. Atrelada a essa triste fatalidade, que eu comentava com o motorista do Uber, recebi um texto cujo teor me deixou extremamente sensível. A mim foi enviado pela amiga Luciana Abreu, que sempre me proporciona palavras de conforto e de carinho… A mensagem era um livro cujo título, por si só, já nos faz pensar em nossas vidas. Ei-lo: “A parte que falta”, de Shel Silverstein. Recomendo lê-lo em local tranquilo e munido(a) de lenço porque o choro será praticamente compulsório. Esse texto fala de um sentimento essencial a todos nós: o amor-próprio. Fui à procura de seu significado e inferi que tal sentimento é capaz de nos proporcionar controle emocional, compreensão dos fatos, coragem, segurança e confiança para recomeçar diante de tantas faltas que nos acometem durante nossa estada terrestre. É, portanto, crucial ter amor-próprio e cultivá-lo diariamente. Afinal, quando o temos, os desgostos são transmutados em experiências enriquecedoras para nosso crescimento pessoal e não mais interpretados como um “abalo sísmico” e desastroso, capaz de aniquilar-nos… Quantos são atingidos pelas tragédias e decepções mundanas e não as conseguem superar? Creio que muitos de nós… Nem comentarei acerca das minhas, que me deixaram nocauteada …. Mas aqui estou! E é isso que importa! 

Reportando-me ao livro de que falei, recomendo-o insistentemente, visto que é uma sessão gratuita de psicologia! Façam o teste e concordarão comigo. No decorrer da leitura, listem o que a vocês faz falta. A lista pode ser extensa… Na sua, talvez constem um amor, um pai, uma mãe, filhos, emprego, carro, casa, dinheiro, colágeno, vitalidade, sabedoria, paciência… De todos os itens, o que será o mais precioso é a vida! Sim, meus Caros, essa dádiva diária que temos ao acordar e ter mais uma oportunidade de desfrutar momentos singulares, estando sós ou acompanhados… Mesmo que consigamos ter a maioria dos desejos listados, sem a vida, nada teremos; logo desejo que, por todas as vítimas fatais daquele voo e por tantas outras que já partiram antes de nós, demos graças por mais um dia e gozemos de tudo que a Vida nos chancela; pois, só assim, perceberemos a incapacidade ou a inutilidade de atingir a parte que nos falta! Termino esta reflexão tendo gratidão a Deus pela Vida! E espero ter levado você a valorizar mais seus dias e principalmente a ignorar ou, pelo menos, a mitigar as desventuras que aparecerem em sua vida. 

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